Material fornecido pela companheira Hilda do grupo Izquierda Unida

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Não percam a entrevista de Mauro Paulino diretor do Datafolha sobre a vitória inevitável de Lula no primeiro turno:

http://tv.terra.com.br/home.aspx?channel=100&play=1&vid=81741


Lula condena compra de dossiê e explica afastamento de Berzoini

Publicada em 21/09/2006 às 08h44m
O Globo Online - Bom Dia Brasil

RIO - O presidente Luiz Inácio Lula da Silva, candidato do PT à reeleição, classificou de "abominável" e "imoral" o escândalo da compra de dossiê contra tucanos, defendeu uma apuração rigorosa dos fatos e disse que quer saber "de onde veio o dinheiro". Acrescentou que, se alguém quis ajudar o PT com o dossiê se deu mal " porque mexer com bandido não dá certo em lugar nenhum do mundo".

Em entrevista ao "Bom Dia Brasil", da TV Globo, Lula explicou por que afastou o presidente do PT, Ricardo Berzoini , da coordenação de sua campanha.

- Não afastei o Berzoini porque acho que ele tenha culpa ou está envolvido. É porque não posso, faltando dez dias para a eleição, ter como coordenador da campanha uma pessoa que vá passar dez dias respondendo sobre dossiê. Preciso de alguém que coordene a campanha, que faça a campanha. Por isso, chamei o companheiro Marco Aurélio para coordenar.

E completou:

- O papel do presidente é afastar. Não posso julgar e não posso prender. Cabe ao Ministério Público e à Justiça tomar conta da situação agora. As pessoas terão o direito de se defender na Justiça, que vai dar o veredicto final. Não é por conta de sair a cara do sujeito no jornal que ele já está culpado.

O presidente defendeu uma investigação profunda e afirmou que os responsáveis serão punidos. Segundo ele, seu governo "não joga lixo debaixo do tapete".

- Se companheiros tiveram a ilusão que estavam encontrando algo tão poderoso que poderia mudar o planeta Terra, essas pessoas pagarão. Porque eu quero saber quem deu dinheiro, quero saber o que tem nesse dossiê, por que ele valia tanto. O fato é que, sendo divulgado ou não, não me ajuda na campanha eleitoral. Faço questão que a Polícia Federal vá a fundo, investigue nas entranhas - disse.

Em sua defesa, Lula, que é favorito nas pesquisas de intenção de votos, insistiu que a divulgação do dossiê não ajudaria sua campanha.

- Estou em situação absolutamente confortável na campanha, faltam dez dias para a eleição, não sei por que alguém há de querer um dossiê contra o candidato ao governo de São Paulo. Não é nem contra o Alckmin. Qual seria o interesse da minha campanha? - afirmou o presidente, que, em seguida, o presidente saiu em defesa do candidato do PT ao governo São Paulo, Aloízio Mercadante.

- Eu conheço o Mercadante. Duvido e coloco minha mão no fogo que ele concordasse com uma coisa como essa.

Lula emendou:

“ Ou seja, mexer com bandido não dá certo em lugar nenhum do mundo ”

- O que eu posso garantir é que, se alguém queria fazer um dossiê para ajudar o PT, na verdade essa prática não ajuda. Ou seja, mexer com bandido não dá certo em lugar nenhum do mundo.

O presidente classificou o episódio como "grave" e afirmou que a pessoa que recebeu a proposta da compra do dossiê deveria ter denunciado. O presidente voltou a lembrar que sempre condenou o uso de dossiês ao longo de sua vida política.

- Quando a pessoa oferece maldade e pede dinheiro, essa pessoa não é de confiança. As pessoas ao receberem a proposta deveriam ter denunciado. Como eu fiz com o dossiê das ilhas Cayman, para prejudicar o segundo turno da campanha de Mario Covas. Porque não acredito nesse tipo de comportamento - disse Lula, que continuou:

- Meu comportamento na política é impecável. Não por uma eleição, mas por todas que participei, em situações muito desfavoráveis. Sempre tive comportamento ético.


fonte: http://oglobo.globo.com/pais/eleicoes2006/mat/2006/09/21/285752663.asp

Não deixe de assistir também ao vídeo: http://gmc.globo.com/GMC/1,,2465-p-M543461,00.html

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Sábado, 23 de setembro de 2006, 12h11 Atualizada às 13h08
Boletim de campanha de Lula ataca imprensa "alquimista"

O boletim enviado neste sábado pela campanha do presidente e candidato à reeleição, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), critica parte da imprensa brasileira, que qualifica como "cabotina", "alquimista" e "elitista". De acordo com o texto, alguns meios de comunicação acreditam que a população confiaria neles e desconfiaria de políticos, governos e partidos. Ainda segundo o boletim, "os auto-intitulados 'formadores de opinião' estão desconsolados e reagem a sua baixa influência (sic), aumentando os ataques contra Lula, seu governo, o PT e toda a esquerda".

O boletim afirma ainda que, se dependesse desta imprensa, o candidato Geraldo Alckmin (PSDB) estaria em primeiro lugar, e afirma: "eles se reciclaram, se modernizaram, mas não aprenderam. Continuam elitistas". No boletim, Ricardo Berzoini, ex-coordenador da campanha de Lula, ainda consta como estando na função. Berzoini foi afastado pelo presidente na última quarta-feira em função do escândalo envolvendo a compra de um dossiê contra candidatos tucanos.

Confira a nota na íntegra:

Força do povo, fraqueza da mídia

Parte da imprensa brasileira é cabotina: gosta de fazer elogios a si mesma. Segundo esta parte da imprensa, a população confiaria nos meios de comunicação, ao mesmo tempo que desconfiaria dos políticos, dos governos e dos partidos.

As pesquisas de opinião estão demonstrando algo diferente. A maior parte do povo votará em Lula, não em Alckmin, candidato do coração da maior parte da imprensa brasileira.

Os auto-intitulados "formadores de opinião" estão desconsolados e reagem a sua baixa influência, aumentando os ataques contra Lula, seu governo, o PT e toda a esquerda.

Caso a eleição confirme as pesquisas de opinião, ficará claro que o povo brasileiro não acredita, não confia, não aceita os argumentos desta imprensa alquimista.

Se dependesse desta imprensa, das poucas empresas que controlam a maior parte da mídia, bem como dos jornalistas que pensam com a cabeça de seus patrões, Alckmin estaria em primeiro lugar.

Jornais que hoje posam de "democráticos" e de "liberais" estiveram ao lado dos golpistas em 1964, apoiaram a ditadura militar, encobriram os desaparecimentos e as torturas. A revista semanal de maior circulação no Brasil recebeu, recentemente, injeção de capital vinda de um grande grupo empresarial vinculado ao apartheid na África do Sul.

Eles se reciclaram, se modernizaram, mas não aprenderam. Continuam elitistas. Não aceitam que o povo seja capaz de pensar, sem depender da intermediação dos auto-proclamados "formadores de opinião".

Nos próximos dias, esta imprensa alquimista fará de tudo para nos derrotar. Para eles, não está em questão apenas o resultado eleitoral. Está em jogo sua hegemonia sobre a população brasileira.

# postado por Andre Furtado : 12:50