sexta-feira, agosto 11, 2006
Entrevista de Lula no Jornal Nacional - A anatomia de um jornal covarde!
A entrevista do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, também candidato à reeleição no pleito de 2006, concedida em 10 de agosto ao programa Jornal Nacional da rede Globo foi muito positiva como não poderia ter sido diferente.
O governo Lula transformou o Brasil num país gigante e modificador da história mundial em apenas 3 anos, foi muito além das promessas de campanha e acertou em todos os pontos fundamentais do que pode significar um governo.
Ocorreram avanços ou significativos ou surpreendentes. Em alguns pontos, os avanços transcenderam o inacreditável.
Ainda assim, como também não poderia ter sido diferente, a rede Globo através de sua emissora, preparou perguntas as quais eles (a Globo) já tinham opiniões pré-concebidas, e quaisquer que fossem as respostas do presidente Lula, no dia seguinte, todo o veneno possível seria derramado aos leitores do jornal O Globo.
Esta análise visa dissecar pontualmente cada trecho, cada elemento corrosivo nesta imprensa podre.
Espero conduzi-los à lucidez dos fatos. Porque é de um país que estamos falando, não falamos de uma mera eleição, mas de um projeto de nação.
Então, com vocês, as veias abertas de uma grande covardia:
Sexta-feira, 11 de agosto de 2006 –1ªedição O País, 15 Eleições 2006
Tenso, Lula erra e renega o passado
Em entrevista ao “JN”, candidato do PT cometeu imprecisões sobre vários casos, principalmente os de corrupção
Lydia Medeiros
RIO e BRASÍLIA. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva, candidato à reeleição pelo PT, não ofereceu respostas precisas sobre os casos de corrupção que envolveram seu partido e ministros do governo durante entrevista ontem ao "Jornal Nacional", da Rede Globo. Lula, que diferentemente dos adversários não compareceu à emissora e foi entrevistado no Palácio da Alvorada, insistiu que só soube das denúncias (o mensalão e o valerioduto) "depois que aconteceram".
Lula tentou isentar o PT, apesar de toda a cúpula do partido ter caído com as denúncias e ter sido denunciada ao Supremo Tribunal Federal por comandar a "organização criminosa" do mensalão. E tampouco quis revelar os nomes daqueles que supostamente o traíram, segundo ele próprio declarara no ano passado. Lula aparentou tensão e ainda se confundiu ao tentar listar as ações do governo contra a corrupção, chegando a falar "combate à ética".
- O procurador-geral da República foi escolhido por mim sem que sequer eu o conhecesse, numa demonstração de que o combate à ética significa você permitir que as instituições façam as investigações que precisam fazer - disse, nervoso.
Embora o comando do PT tenha se envolvido com o mensalão e o valerioduto, Lula disse que as denúncias não afetam o partido. O apresentador William Bonner Insistiu, lembrando que havia ministros envolvidos, como José Dirceu, da Casa Civil, tratado pelo procurador-geral como "chefe da organização criminosa". E perguntou ao presidente se ele duvidava da idoneidade e da competência do procurador. Lula se defendeu:
- Se tivesse, não tinha indicado. Procurador da República no meu governo Indicia. Nos outros governos, engavetava afirmou, acrescentando:
- É com esse grau de liberdade que quero que ele funcione, e é com esse grau de liberdade e respeitando o estado de direito que quero que as pessoas que foram Indiciadas por ele vão ao Supremo Tribunal Federal.
Lula disse que como presidente é o responsável por qualquer erro cometido por um funcionário público, direta ou Indretamente, mas afirmou que só poderia ter agido de outra forma se soubesse:
-Eu só poderia fazer diferente se soubesse antes.
E comparou um presidente a uma família:
- Há famílias com problemas dentro de casa e a família não sabe. Como pode alguém querer que é o presidente da República, embora tenha de assumir responsabilidade, saiba o que está acontecendo agora na Secretaria (na verdade, delegacia) de Agricultura de São Paulo, com meus ministros que não estão aqui?
A apresentadora Fátima Bernardes então perguntou se ele acha que o eleitor espera dele responsabilidade como governante ou o comportamento de uma mãe que age com amor cego por um filho.
Lula insistiu que o governo está apurando as denúncias e citou o trabalho da Controladoria Geral da União, afirmando que fora criada em seu governo.
De novo, errou. O órgão foi criado pelo ex-presidente Fernando Henrique em 2 de abril de 2001. A primeira ministra da CGU foi Anadyr de Mendonça Rodrigues. Lula mudou o nome da CGU, passando a chamar o titular da pasta de ministro do Controle e da Transparência, e ampliou suas atribuições.
Bonner lembrou que Lula se solidarizara publicamente com ministros e petistas, memo acusados, num comportamento diferente daquele que adotava antes da Presidência, quando defendia punição para acusados antes da confirmação da culpa.
- Você deve estar falando de outra pessoa - disse Lula, afirmando que ele afastara Dirceu e Antonio Palocci.
Mas Lula também não foi correto neste ponto. O próprio Dirceu anunciou sua demissão, publicada no Diário Oficial como exoneração, a pedido, no dia 16 de junho de 2005. Fez um pronunciamento tendo atrás de si 18 ministros. Teve uma última reunião com o presidente, quando entregou uma carta. Chamou Lula de "querido companheiro e amigo". Lula respondeu em carta chamando-o de "Querido Zé".
O presidente Lula também disse que afastou Palocci. Mas, no dia de sua saída, houve dúvidas sobre se ele estava se demitindo ou apenas de afastando do cargo temporariamente. Palocci se despediu afirmando que saía com a consciência tranqüila e negando ter patrocinado "malfeitorias com recursos públicos", numa cerimônia onde foi chamado por Lula de "mais que irmão".
Erro Sobre o Tamanho do país
Ao falar sobre segurança, o presidente confundiu números sobre a extensão territorial do país. Disse que o Brasil tem 17 mil km de fronteira. E acrescentou:
- Não são 17 mil metros, são 17 milhões (de metros). São 7 milhões de fronteira marítima e 9 milhões de fronteira terrestre.
O presidente errou: são 23 mil km de fronteira, sendo 15,7 mil km de fronteira seca e 7,3 mil km de marítima. Ao falar em 9 milhões de fronteira terrestre, o presidente fez confusão com os números. Pode ter se lembrado dos mais de 8,5 milhões de quilômetros quadrados da extensão do território do país.
Ao encerrara entrevista Lula cometeu outro deslize: disse que os índices econômicos melhoraram e que "a única coisa que cai é o salário.
COLABOROU Diana Fernandes
As Contradições
Candidato à reeleição, o presidente Lula na prática adotou ontem, na entrevista ao "Jornal Nacional", o tom esqueçam o que eu disse. O petista negou, errou ou se contradisse sobre questões importantes de seu governo:
. DIRCEU E PALOCCI: Lula disse que demitiu os dois ministros para afirmar que pune quem comete erros. Nos dois casos, porém, ele resistiu o quanto pôde a evidências e à participação tanto de Dirceu, no caso do mensalão, como de Palocci, no escândalo do caseiro. Dirceu já tinha sobrevivido ao caso Waldomiro Diniz. E só se afastou do cargo de chefe da Casa Civil quando sua permanência lá tornara-se insustentável pela pressão das investigações das CPls. Memo assim, pediu demissão. No caso de Palocci, Lula aceitou seu pedido de afastamento - e também apenas quando já não dava mais para negar a participação do então ministro da Fazenda na violação ilegal do sigilo bancário do caseiro que o acusara.
.MÁCULA DO PT: Ontem Lula disse que os escândalos do valerioduto e do mensalão "não maculam" o PT, mas as pessoas. As pessoas a que o presidente se refere, porém, eram toda a cúpula de seu partido - o presidente, o secretário-geral, o tesoureiro. Sobre qualquer um deles, inclusive, o presidente não ensaiou ontem qualquer defesa. A culpa é dos outros - pessoas - não do PT nem dele, disse nas entrelinhas.
.TRAIDORES: Novamente se recusou a citar os nomes dos que supostamente o traíram.
.CPls: Foi impreciso ao dizer que nunca pediu punição para alguém ainda não condenado. Quando era oposição, ele fez isso em diversos episódios, inclusive com hoje aliados seus como Jader Barbalho, acusado de fraudes contra a Sudam e que hoje integra o conselho político de sua campanha e até opina sobre ética.
. CGU: Disse que foi ele quem criou a Controladoria Geral da União, que na verdade foi criada em 2001 pelo presidente Fernando Henrique.
. OKAMOTTO: Ao falar do pagamento da dívida de R$ 29,4 mil com o PT, paga por seu amigo Paulo Okamotto, alegou que este errou ao não descontar na rescisão do contrato com o PT. Minutos depois,porém, disse que não pagou porque não havia dívida. E não explicou por que, tendo patrimônio de quase R$ 1 milhão, deixou Okamotto pagar.
Não é bem assim
Candidato tentou se equilibrar entre a fidelidade aos 'irmãos' e a necessidade de convencer o eleitorado de que nada sabia sobre o mensalão
Petista procura se distanciar de aliados
José Casado
Luiz lnácio Lula da Silva é um candidato preocupado em se desvencilhar de amigos e aliados nesta campanha eleitoral. Aos olhos dos eleitores, pelo menos.
Ontem, em entrevista à Rede Globo, Lula tentou manter distância de antigos aliados, com os quais governou o Partido dos Trabalhadores até a chegada ao centro do poder, em 2003. O caso do mensalão "não macula o PT", disse Lula, "pode macular pessoas".
Referia-se a alguns dos companheiros da cúpula petista que, em janeiro de 2003, subiram com ele a rampa do Palácio do Planalto, em Brasília: os ex-ministros José Dirceu e Antonio Palocci, o ex-presidente do seu partido José Genoíno, o ex-tesoureiro Delúbio Soares e seu secretário de finanças pessoais, Paulo Okamotto, entre outros.
Visivelmente nervoso diante das luzes e lentes da televisão, Lula tentou se livrar do "peso" que, eventualmente, aliados como esses possam ter na sua eleição.
Titubeante, mostrou-se contraditório. Primeiro, atribuiu responsabilidade pelo mensalão aos fiéis aliados ("lamento profundamente que companheiros tenham feito coisas que ainda vão ser julgadas"). Em seguida, considerou-se responsável ("por qualquer erro que qualquer funcionário público cometa no Brasil").
O candidato à reeleição quis apresentar um presidente da República vigilante, incisivo e decidido e afirmou ter demitido os ministros Dirceu e Palocci. Os arquivos do Planalto guardam os originais das cartas de ambos - e eles jamais foram demitidos pelo chefe, pediram demissão depois de prolongada agonia na Casa Civil (Dirceu) e na Fazenda (Palocci).
Também tentou passar a impressão de um presidente absolutamente isento e fiel seguidor do princípio de não interferência nos demais poderes da República. Mas não foi exatamente isso o que ocorreu nas investigações do Congresso sobre o caso do mensalão.
O governo empenhou todos os esforços para, primeiro, impedir a Comissão Parlamentar de Inquérito. Depois, para retardar o processo de investigação bancos estatais e fundos de pensão, por exemplo, foram alvo de seguidas queixas do comando da CPI.
Houve momentos em que senadores e deputados encarregados da investigação precisaram recorrer à ajuda do procurador-geral da República para conseguir que órgãos federais apresentassem documentos solicitados três meses antes. O governo Lula nunca facilitou as investigações da CPI dos Correios, ao contrário, como registram os anais da comissão.
Ontem, na televisão, Lula mostrou-se um candidato tenso, quase à beira de um ataque de nervos, tentando se equilibrar entre a fidelidade aos "irmãos"- como costumava se referir, em público, a Palocci e Genoino – e a necessidade de fazer o eleitorado acreditar que nada sabia, por era apenas o presidente da República.
A mudança do discurso
Embora o presidente Luiz Inácio Lula da Silva tenha dito na entrevista de ontem ao "Jornal Nacional" que, quando estava na oposição, nunca pedia a condenação de adversários sem que houvesse provas, uma simples consulta aos arquivos mostra que a realidade era diferente. Abaixo, alguns exemplos de frases de Lula como líder do PT:
"O presidente (Fernando Henrique) perdeu efetivamente o sentido de responsabilidade. Parece-me que ele não tem nenhum controle. Não sei se emocionalmente está apto a continuar no cargo. Fica provado que há uma total irresponsabilidade no governo", disse Lula em maio de 99, a respeito do grampo no BNDES sobre a privatização da Telebrás. Menos de um mês depois, acrescentou: "Quero lembrar ao povo brasileiro que, por muito menos, Nixon renunciou à Presidência dos Estados Unidos" .
O PT também defendeu, em 2001, uma CPI da Corrupção e chegou a montar um "varal da corrupção" no Congresso, exibindo todas as denúncias surgidas no governo FH. Eleito Lula, passou a defender que só haja CPI com fato determinado.
A covardia tem início já no título, o que é prática comum no jornalismo desta empresa. A mídia inteira passou de abril de 2005 a quase junho de 2006 liqüefazendo a opinião pública com a noção de que o governo Lula foi um governo corrupto, e a mídia é poderosa e eficiente neste poder.
O Lula sempre foi o alvo direto e ali estavam dois soldados de elite neste cruel ataque, o casal Bonner e Fátima Bernardes. Quem não ficaria tenso mesmo estando ao lado da verdade? Você não ficaria? Eu ficaria!
Sobre a corrupção, primeiro é preciso entender como funciona a corrupção, suas leis, suas definições.
Escrevi certa vez que:
“corrupção é o ato ou o efeito de decompor, de causar putrefação; é o apodrecimento da coisa, do corpo, da alma, dos indivíduos ou de toda uma nação.
É costume colocarmos a culpa no alheio, sendo normal imaginar que o problema se encontra longe de nós e fora do nosso alcance. Ao contrário, a corrupção ronda nossas mentes, lares, fazendo parte de nossa vida e é contra toda a forma de corrupção que precisamos lutar.
A corrupção se encontra no seio do descaso com que, quase todos nós, tratamos nossas vidas, ajudando a manter um sistema que nos escraviza pelo nosso silencioso consentimento.
Ultimamente a corrupção é vista na forma do suborno, do uso de caixa dois, mas a corrupção não é só isso. Permitir que fome, miséria, doença, ignorância e desemprego aconteçam é negar o acesso aos direitos humanos, e negar o respeito à vida é uma forma de corrupção de efeito prolongado que pode ser mais devastador que o suborno ou o caixa dois em si.
A desigualdade de renda e riqueza é, provavelmente, a causa mais importante dos grandes males políticos, econômicos, sociais, éticos e culturais que assolam o país. O Brasil é campeão mundial de concentração de renda e pentacampeão de concentração de riqueza.”
(trecho introdutório do Manifesto contra a corrupção do grupo Izquierda Unida).
Conhecendo estes aspectos, outro ponto fundamental é: Não existe distribuição de renda onde existe corrupção. Igualdade social e corrupção são inversamente proporcionais, ou seja, onde há mais corrupção, há uma maior desigualdade social.
E o contexto social vivido por nós brasileiros é o de menor desigualdade social na história.
Sendo esta uma verdade aferida pelo IBGE, pela FGV, pelo IPEA, entre as instituições nacionais de pesquisa mais importantes, então a única conclusão possível é entender que a corrupção fui dramaticamente reduzida.
Quando o jornal O Globo, afirma no título da matéria que o presidente Lula cometeu “cometeu imprecisões sobre vários casos, principalmente os de corrupção” provoca em seu leitor uma grave distorção da verdade, isso sendo muito tolerante, porque o quadro que se forma é de calúnia e de difamação.
Seguindo...
“Lula tentou isentar o PT, apesar de toda a cúpula do partido ter caído com as denúncias e ter sido denunciada ao Supremo Tribunal Federal por comandar a "organização criminosa" do mensalão. E tampouco quis revelar os nomes daqueles que supostamente o traíram, segundo ele próprio declarara no ano passado. Lula aparentou tensão e ainda se confundiu ao tentar listar as ações do governo contra a corrupção, chegando a falar "combate à ética".
- O procurador-geral da República foi escolhido por mim sem que sequer eu o conhecesse, numa demonstração de que o combate à ética significa você permitir que as instituições façam as investigações que precisam fazer - disse, nervoso.
Embora o comando do PT tenha se envolvido com o mensalão e o valerioduto, Lula disse que as denúncias não afetam o partido. O apresentador William Bonner Insistiu, lembrando que havia ministros envolvidos, como José Dirceu, da Casa Civil, tratado pelo procurador-geral como "chefe da organização criminosa". E perguntou ao presidente se ele duvidava da idoneidade e da competência do procurador.”
Sobre a queda da cúpula do PT, o procurador, a “organização criminosa”, Genoino e José Dirceu:
Em primeiro lugar, o mensalão nem ao menos existiu.
Em seguida, com a massificação da mídia sobre o caso seria muito natural o afastamento das pessoas citadas. Em governos anteriores isto nem foi cogitado, mas no governo Lula não, mesmo fazendo todo o possível para agir da forma mais correta, ainda assim a mídia não poupou o presidente Lula.
O afastamento é necessário para que as instituições continuem a funcionar independentes da suspeição de seus comandantes. Isto é fato e é assim que deve ser. Mas não implica na culpa definitiva dos acusados, não é prova de absolutamente nada. Ainda hoje, mesmo depois de provado que não havia qualquer relação entre as ações de Genuíno com seu irmão e muito menos de seu irmão com seu secretário, ainda assim a mídia continua tratando o ex-presidente do PT como mensaleiro, como corrupto, como criminoso. Este é um país sem lei? Este é um país sem direito? Então que imprensa é esta que continua a repetir inverdades? O jornal O Globo repete a mesma tese da corrupção em todos os quadros da matéria. Seria a prática nazista de que se você repetir uma mentira “n” vezes ela se torna verdade?
Sim, no imaginário de alguns milhões de brasileiros o Genuíno é corrupto e o José Dirceu também.
José Dirceu é apontado no relatório final da CPI que o condenou como o “chefe da organização criminosa”.
Pior, sem provas, sem indícios. Isto significa um atentado aos direitos civis nos mesmos moldes do negro período do regime militar. Voltamos à escuridão do AI-5. Voltamos aos tempos da Inquisição.
É neste tipo de país que você cidadão está vivendo, mas a pergunta é, você deseja viver num país assim? Onde as pessoas são incriminadas sem provas, sem ao menos serem apontados indícios?
As operações do BGM, citadas no relatório como sendo a base das transações criminosas foram consideradas lícitas pela Controladoria Geral da União e pelo Tribunal de Contas da União.
O próprio BGM exerceu seu direito de resposta nos principais jornais e revistas deste país. Isto se tornou público, mas o jornal O Globo prefere a manutenção desta covarde mentira.
Abro aqui novamente um espaço para que fique claro a inexistência do mensalão. A matéria não foi produzida por mim, mas merece ser reapresentada:
JASSON DE OLIVEIRA ANDRADE é jornalista em Mogi Guaçu
O deputado Roberto Jefferson criou o termo mensalão, que a imprensa, escrita e falada, adotou.
Ele se referia aos deputados que, segundo ele, recebiam mensalmente uma importância para votar com o governo.
As investigações do Conselho de Ética da Câmara Federal não comprovaram essa denúncia do deputado petebista.
O que se descobriu é que alguns deputados receberam dinheiro do valerioduto, ou seja, do Caixa Dois, para o financiamento de suas campanhas.
A verdade é que o mensalão, tão explorado pela mídia, inclusive pela imprensa do Interior, e pela oposição, nunca existiu, como veremos a seguir.
Bernardo Kucinski, no artigo "Confusão na crise do mensalão", analisou o assunto.
O jornalista constatou: "Boa parte da população acha mesmo que houve corrupção, mas não está claro como aconteceu.
A confusão foi produzida pela própria mídia, ávida por denúncias e mais empenhada em incriminar do que em investigar.
A começar pelo próprio nome - "mensalão" - que se impôs pela repetição, como uma marca, e acabou virando seção fixa de jornal.
Deputados passaram a ser chamados genericamente de "mensaleiros".
Ocorre que nunca foi provada uma relação entre pagamentos regulares e votações de deputados a favor do governo.
(...) Jornalista e oposição ignoraram até mesmo as questões do senso comum:
1) Por que pagar "mensalão" a sete deputados do PT que já votam com o governo?
2) Por que deputados foram ao Banco Rural apenas uma ou no máximo três vezes, se era um "mensalão"?
3) Por que o governo teve dificuldade em aprovar projetos se estava pagando "mensalão" para que fossem aprovados?
4) Por que pagar "mensalão" a um deputado como Roberto Brant, do PFL, opositor ferrenho do governo?"
Roberto Brant recebeu dinheiro do valerioduto para financiar campanha de seu partido, o PFL de Minas.Por isso foi incluído junto aos outros 18 para ser cassado, mas a Câmara o absolveu, com votos, comentou-se, de pefelistas e também de seus aliados tucanos, os que mais falam em "mensalão" e "mensaleiros".
Ao responder a uma pergunta da revista Carta Capital (O senhor chegou a ser classificado de mensaleiro), afirmou:
"Pois é, um absurdo.
O que seria o mensalão?
Recursos que o Executivo teria repassado a integrantes da base aliada em troca de votos no Congresso.
Sou do PFL, o partido que mais faz oposição ao governo.
Muito mais até do que o PSDB. Como posso ser chamado de mensaleiro?
Há falta de apreço pela exatidão e pela verdade".
Para se ter uma idéia da falsa acusação, o jornal O GLOBO, na primeira página, publicou assim a absolvição de Brant:
"Câmara absolve pefelista do mensalão".
A Folha noticiou em manchete também de primeira página:
"Câmara absolve 2 do "mensalão".
O jornal se referia a absolvição dele e do deputado Professor Luizinho (PT-SP).
À respeito, o deputado Brant declarou:
"No fim, estavam discutindo a minha cassação, que sou da oposição, e de deputados do PT.
Pergunto:
qual a razão que o governo teria para pagar mesada a parlamentares do PT?
O (Professor) Luizinho, líder do governo na Câmara, precisava receber dinheiro para defender o Executivo?
No meio da crise misturou-se tudo, até porque não se podia separar.
Se começa a separar, fica racional.
Se ela for racional, AQUILO DEIXAR DE SER UM INSTRUMENTO POLÍTICO (destaque meu).
Não tem como administrar um esquema que paga mensalmente a deputados, ISSO NÃO EXISTE (destaque meu).
Só pegou pelo inusitado, pela diversão.
Virou algo caricato. A caricatura marca mais do que o retrato".
Um fato que ninguém ainda comentou: se o mensalão era para pagar parlamentares, visando aprovação de propostas do governo, por que não se pagou o SUPOSTO mensalão aos senadores?
Por que só aos deputados e assim mesmo apenas 19?
O mensalão não existiu.Na verdade, houve o valerioduto (Caixa Dois).
Mas isso aconteceu com todos os partidos.Aliás, o primeiro a receber dinheiro de Marcos Valério foi o senador Azeredo, do PSDB e ex-presidente nacional deste partido.
Por esse motivo, na Assembléia Geral da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), um bispo disse:
"Ao falar de escândalos como o caixa 2, é preciso observar que uns (políticos) denunciam os outros, quando também eles fizeram a mesma coisa"
Brant, na citada entrevista, também focaliza o problema:
"Como tachar de corrupto um partido inteiro, o sistema de forças inteiro? Há políticos que desviam de conduta no PT, no PFL, no PSDB".
A mídia sabe que o mensalão não existiu, mas continua designando os deputados de mensaleiros.
É que o termo pegou e, por esse motivo, não importa a mentira!
Retornando à análise da matéria de O Globo:
Observem o trecho:
“Lula insistiu que o governo está apurando as denúncias e citou o trabalho da Controladoria Geral da União, afirmando que fora criada em seu governo.
De novo, errou. O órgão foi criado pelo ex-presidente Fernando Henrique em 2 de abril de 2001. A primeira ministra da CGU foi Anadyr de Mendonça Rodrigues. Lula mudou o nome da CGU, passando a chamar o titular da pasta de ministro do Controle e da Transparência, e ampliou suas atribuições.”
Vamos retornar para antes de 2002 e verificar o que era a CGU.
Entre 2000 e 2001 não ocorreram processos contra crimes de corrupção no Brasil. Sim, é isso mesmo, não há registro de crimes de colarinho branco neste país durante este período.
A impressão superficial é a de que o governo FHC baniu do país a corrupção. A pergunta é, baniu ou engavetou?
Esta é uma das principais marcas que diferenciam o governo Lula do governo PSDBista ou de qualquer outro governo, no governo Lula a corrupção aparece porque ela é investigada e combatida.
Se o Lula além de alterar o nome do órgão ampliou as suas atribuições ele é sim autor do novo órgão, ou engana-se o jornal ou visa enganar o seu leitor.
Vejam as ações de combate à corrupção durante o governo Lula:
As Ações contra o crime crescem 815% em apenas 3 anos de governo Lula!!!
As ações da Polícia Federal no combate ao crime cresceram 815% entre 2000 e 2005.
Nos dois últimos anos da gestão FHC, foram realizadas apenas 20 operações, com a prisão de 54 pessoas - uma média de 27 capturas por ano.
Durante o governo Lula, a Polícia Federal realizou 183 operações e 2.961 prisões - uma média de 987 presos por ano.
Nas ações específicas de combate à corrupção, foram presas 1.300 pessoas (entre elas, 515 servidores públicos e 130 agentes da Polícia Federal e da Polícia Rodoviária Federal).
Na gestão FHC, foram engavetados vários escândalos, como as denúncias de corrupção e tráfico de influência no contrato de criação do Sistema de Vigilância da Amazônia (Sivam).
A CPI sobre o caso foi esvaziada em 2001 pelos aliados de FHC. Outra CPI engavetada na mesma época iria investigar a privatização do sistema Telebrás.
Conversas telefônicas indicavam favorecimento do BNDES ao consórcio do banco Opportunity.Orçamento da Polícia Federal é 74% superior.
O orçamento autorizado em 2005 para a Polícia Federal (R$ 590 milhões) é 74% superior à execução orçamentária do último ano do governo anterior (R$ 338,6 milhões).
O maior volume de investimentos tem proporcionado uma melhor qualificação dos policiais, dotando-os também de meios tecnológicos modernos para combater a criminalidade.
Governo aumenta efetivo da Polícia Federal
O efetivo da Polícia Federal passou de 9.289 pessoas, em 2002, para 11.749, em 2005, representando um aumento de 26,5%.
O objetivo é realizar novos concursos para totalizar, até 2007, um efetivo de 15 mil homens e mulheres engajados no combate à criminalidade - um acréscimo de 61,5% em relação aonúmero de policiais existentes no início da atual gestão.
Brasil investe na construção de penitenciárias
Prevista desde 1984, a estruturação de penitenciárias federais saiu do papel durante o governo Lula.
As duas primeiras penitenciárias federais - uma no Paraná e outra no Mato Grosso do Sul - estão prontas.
Outras três serão entregues até 2007.
Órgãos de perícia são reforçados
Destaca-se o investimento feito na consolidação do banco de dados digital de informações criminais.
O sistema Afis recebeu R$ 104 milhões durante os anos de 2003 e 2004.
O governo investiu ainda R$ 22,5 milhões, entre 2002 e 2004, na construção da nova sede do Instituto Nacional de Criminalística (INC) e R$ 100 milhões, em 2005, na compra de equipamentos destinados ao novo INC e às Superintendências Regionais da Polícia Federal.
Foram beneficiados os laboratórios de análises químicas, de documentação, de fotografia e de DNA.
O governo Lula implantou também a Rede de Radiocomunicação Fixa (Tetrapol) nas cidades do Rio de Janeiro, São Paulo e Brasília e nas unidades móveis dos demais estados.
Programa moderniza Delegacias das Mulheres
O governo iniciou em 2004 a modernização das Delegacias Especializadas de Atendimento às Mulheres (Deams).
A modernização prevê reaparelhamento e capacitação dos operadoresde segurança pública da Deams.
Até o final de 2005, foram reaparelhadas 50 delegacias e capacitados policiais do Tocantins, Rio de Janeiro, Minas Gerais e Espírito Santo, visando à qualificação do atendimento e à mudança da percepção da violência contra a mulher.
O objetivo é terminar o ano de 2006 com 150 Deams modernizadas em todo o Brasil.
Campanha do Desarmamento reduz homicídios
O governo Lula promoveu a Campanha de Desarmamento, que recolheu mais de 470 mil armas de fogo, superando a meta inicial de 80 mil armas.Essa política, em conjunto com uma série de medidas de promoção de distribuição de renda e de geração de oportunidade para os jovens brasileiros, foi responsável pela primeira queda na taxa de homicídios no Brasil desde 1992:
8% em 2004.
Sistema Único de Segurança Pública é criado
O governo Lula criou o Sistema Único de Segurança Pública (Susp).
Centrado nas polícias estaduais em interface com a Polícia Federal e as Guardas Municipais, o Susp foi implantadoem 26 estados e no Distrito Federal.
O objetivo é melhorar os fluxos informativos entre as instituições e dar mais eficiência à gestão das políticas públicas de combate à violência pública e à criminalidade.Gastos do governo estão disponíveis na internet
O Portal da Transparência (http://www.portaltransparencia.gov.br/), criado pelo atual governo, é um sistema informatizado que coloca à disposição dos cidadãos, sem necessidade de senhas de acesso, informações detalhadas sobre programas e ações da administração federal.
O instrumento permite fiscalizar a correta aplicação dos recursos públicos.
O Portal abriga mais de 304 milhões de informações envolvendo a aplicação de recursos federais superiores a R$ 1,88 trilhão.
O governo criou ainda a exigência de que órgãos e entidades da administração pública federal mantenham as próprias páginas de transparência na internet.
Nessas páginas serão divulgadas informações relativas à execução orçamentária e financeira, compreendendo, entre outras, matérias relativas a licitações e convênios.
Pregão eletrônico torna-se regra para compras públicas
O decreto 5.504/05 tornou o pregão eletrônico a regra geral para as compras públicas.
A utilização dessa modalidade cresceu 204%, possibilitando uma economia de mais de 20% para a União.
Controladoria fiscaliza municípios brasileiros
O governo Lula deu status de ministério à Controladoria-Geral da União e contratou 300 novos analistas de finanças e controle em 2006.
O órgão criou o sistema de fiscalização de municípios por sorteio, alcançando 18% das cidades brasileiras entre 2003 e 2005 e melhorando de forma significativa a utilização dos recursos federais.
Foram realizadas 8.763 auditorias em órgãos federais e 5.688 tomadas de contas especiais.
A fiscalização representou um retorno potencial de R$ 1,3 bilhão aos cofres públicos.
O governo intensificou a criação de ouvidorias federais, que saltaram de 40 em 2002 para 124 em 2005.
Aumenta cerco à lavagem de dinheiro
O governo atual intensificou as ações de combate à lavagem de dinheiro.
Houve integração de mecanismos investigativos, ampliação da base de dados, reforço a acordos internacionais e criação de uma estratégia permanente de enfrentamento do problema.
Apesar da existência de lei específica no País contra a prática criminosa, o cerco à lavagem de dinheiro só começou efetivamente em 2003.
Tudo que foi feito saiu praticamente do zero, como a Estratégia Nacional de Combate à Lavagem de Dinheiro (Encla), instância em que se reúnem cerca de 30 órgãos da esfera federal e judicial voltados ao combate a essa atividade criminosa.
Entre as metas traçadas pela Encla em 2006, destacam-se o aperfeiçoamento da tipificação dos crimes de terrorismo, a adoção de medidas para aumentar a proteção de informações sigilosas e a tipificação de organização criminosa.
Desde 2003, o governo atual conseguiu rastrear e bloquear mais de US$ 300 milhões.
Governo articula combate à corrupção
Problema arraigado nas instituições brasileiras durante décadas, a corrupção recebeu um tratamentos implacável no governo atual.
A iniciativa, inédita na história do País, foi desenvolvida mediante ações articuladas entre Polícia Federal, Controladoria-Geral da União (CGU), Receita Federal, Ministério Público e Ministério da Justiça.
Em 2003, iniciou-se uma completa reestruturação dos mecanismos de controle, fiscalização e combate às quadrilhas que há décadas agiam na máquina pública.
O governo atual conferiu total independência ao Ministério Público, reforçou a CGU e deu uma nova dinâmica à Polícia Federal.
OEA aprova combate à corrupção no Brasil
A Organização dos Estados Americanos (OEA) aprovou o Brasil pelas providências adotadas para a implementação da Convenção Interamericana contra a Corrupção.
A avaliação, anunciada em março de 2006, foi realizada por uma comissão de peritos encarregados de acompanhar as medidas colocadas em prática pelos países signatários da convenção.
A comissão ressaltou avanços obtidos pelo Brasil no combate à corrupção.
Mereceram destaque os esforços feitos pela CGU para a criação de normas sobre quarentena, conflitos de interesses e monitoramento da evolução patrimonial de agentes públicos.
Outra iniciativa importante é a criminalização do enriquecimento ilícito, objeto de projeto enviado pelo presidente Lula ao Congresso Nacional.
Fonte: Material disponível no livro: Governo Lula: A Construção de um Brasil Melhor - PDF completo disponível no endereço: http://www.informes.org.br/livro-internet.pdf
Posso acrescentar a esta lista a chamada Lei do Abate, que se tornou um divisor de águas na história do combate ao tráfico de drogas neste país!
Ainda sobre a questão dos ex-ministros José Dirceu e Antônio Palocci, o jornal insiste de que eles não foram demitidos e sim que se demitiram, tentando contradizer o presidente da República. As cartas demissionárias citadas pelo jornal são puro formalismo.
Em casos de afastamento é sabido que o procedimento passa pela carta de demissão, principalmente em se tratando de duas pessoas reconhecidamente do ciclo de relacionamento mais próximo do presidente Lula. Haviam anos de luta, militância e história em jogo.
A pressão midiática induziu o clamor popular, cabeças estavam sendo exigidas.
A melhor saída foi optar por cartas demissionárias mas na prática o que houve de fato foi a demissão dos ministros.
Em seguida o jornal noticia que o presidente erra sobre o tamanho do país.
Será que isso seria assim tão relevante?
Não é o jornal uma representação da imprensa nacional? Não é o jornal O Globo um símbolo desta imprensa?
Pois há um erro de digitação no último parágrafo desta parte da matéria.
Eu não sei se você concorda comigo, mas eu considero um erro de digitação num jornal do porte de O Globo mais relevante que imprecisões geográficas.
O Globo também erra neste trecho:
"O presidente Lula também disse que afastou Palocci. Mas, no dia de sua saída, houve dúvidas sobre se ele estava se demitindo ou apenas de afastando do cargo temporariamente. "
Será que a equipe de jornalismo anda muito "nervosa" por estar denegrindo de forma tão escandalosa a imagem do melhor presidente da história e por isso comete tantos erros de digitação numa mesma matéria?
Segundo o jornal, (o que até agora é indício e não prova) do envolvimento de líderes do partido com o chamado valerioduto macula sim a imagem do PT.
Como se dá o tratamento desta mídia em relação ao não envolvimento, mas ao caso provado e comprovado de uso do dinheiro público onde o Azeredo, ex-presidente do PSDB inaugura o próprio valerioduto fazendo uso de caixa 2 para sua candidatura ao governo de Minas Gerais? Foi o mesmo tratamento? Não.
E sobre a lista de Furnas?
Lista esta periciada e autenticada pela Polícia Federal envolvendo milhões de reais de desvios do dinheiro público? Não se trata de indícios, mas de provas materiais.
Geraldo Alckmin é citado como recebedor de 7 milhões de reais, José Serra é citado como recebedor de 9 milhões de reais, Aécio Neves é citado como recebedor de 5 milhões de reais.
Não se trata do secretário do irmão do vizinho, de um parente distante do sei lá o que de fulano ou de cicrano, são as mãos sujas dentro da botija de praticamente toda a cúpula do PSDB.
Assim como no caso dos sanguessugas, o PSDB ocupa o primeiro lugar em prefeituras envolvidas, o PFL o segundo lugar ou vice-versa.
O PT está lá para trás em décimo primeiro lugar.
Os resultados das investigações vem apresentando uma flagrante e indiscutível ação criminosa do PSDB sangrando o dinheiro público brasileiro há cerca de quase 10 anos, e estamos falando não de indícios, mas de evidências, e tudo o que o jornal O Globo entende por corrupção é acusar membros do PT que já foram inocentados pela justiça?
Preste atenção eleitor, a mentira midiática é cruel e covarde.
Ao final da matéria eles tentam construir na mente de seus leitores a idéia de que o presidente Lula é adepto à mudança de discurso. Para isso eles assim articulam:
“Embora o presidente Luiz Inácio Lula da Silva tenha dito na entrevista de ontem ao "Jornal Nacional" que, quando estava na oposição, nunca pedia a condenação de adversários sem que houvesse provas, uma simples consulta aos arquivos mostra que a realidade era diferente. Abaixo, alguns exemplos de frases de Lula como líder do PT:
"O presidente (Fernando Henrique) perdeu efetivamente o sentido de responsabilidade. Parece-me que ele não tem nenhum controle. Não sei se emocionalmente está apto a continuar no cargo. Fica provado que há uma total irresponsabilidade no governo", disse Lula em maio de 99, a respeito do grampo no BNDES sobre a privatização da Telebrás.
Menos de um mês depois, acrescentou: "Quero lembrar ao povo brasileiro que, por muito menos, Nixon renunciou à Presidência dos Estados Unidos" .”
Vejam bem, “disse Lula em maio de 99, a respeito do grampo no BNDES sobre a privatização da Telebrás."
Só para refrescar a memória, o caso do grampo no BNDES não se trata de indício ou de acusação sem provas, trata-se de uma gravação telefônica onde o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso é réu confesso de crime contra a União e evidentemente contra o Brasil.
Esta gravação não serviu como prova por uma questão de formalidade da Lei mas a gravação é real, existe e nela o tema da conversa era o quanto os interlocutores (entre eles, FHC) iriam lucrar com o leilão da Telebrás.
Isto é o flagrante de crime de corrupção ativa, praticado pelo próprio presidente da República.
O jornal O Globo e sua equipe de jornalismo mostram-se covardes, criminosos e tão corruptos quanto o ex-presidente que tanto insistem em defender!
Uma das coisas que eu gostaria que o Lula tivesse comentado foi a questão da Lei do Abate.
Ele poderia ter dito algo aproximadamente assim quando questionado sobre criminalidade:
"Bonner, você conhece a Lei do Abate? No meu governo, fizemos a Lei do Abate, com ela qualquer avião que entrar em espaço aéreo brasileiro precisa ser identificado, se não se identificar recebe além dos avisos por rádio o disparo de aviso, se não descer, é alvejado e destruído. Isto mudou de uma vez por todas a face do tráfico de drogas neste país! Hoje a via aérea não é mais possível, o perfil passou a ser rotas rodoviárias, onde fica muito mais fácil a fiscalização por parte da polícia federal. O resultado é o aumento sem precedentes das apreensões executadas pela polícia federal nos últimos tempos."
Mas o tempo foi muito curto e havia muito o que ser dito.
Saudações socialistas.
O governo Lula transformou o Brasil num país gigante e modificador da história mundial em apenas 3 anos, foi muito além das promessas de campanha e acertou em todos os pontos fundamentais do que pode significar um governo.
Ocorreram avanços ou significativos ou surpreendentes. Em alguns pontos, os avanços transcenderam o inacreditável.
Ainda assim, como também não poderia ter sido diferente, a rede Globo através de sua emissora, preparou perguntas as quais eles (a Globo) já tinham opiniões pré-concebidas, e quaisquer que fossem as respostas do presidente Lula, no dia seguinte, todo o veneno possível seria derramado aos leitores do jornal O Globo.
Esta análise visa dissecar pontualmente cada trecho, cada elemento corrosivo nesta imprensa podre.
Espero conduzi-los à lucidez dos fatos. Porque é de um país que estamos falando, não falamos de uma mera eleição, mas de um projeto de nação.
Então, com vocês, as veias abertas de uma grande covardia:
Sexta-feira, 11 de agosto de 2006 –1ªedição O País, 15 Eleições 2006
Tenso, Lula erra e renega o passado
Em entrevista ao “JN”, candidato do PT cometeu imprecisões sobre vários casos, principalmente os de corrupção
Lydia Medeiros
RIO e BRASÍLIA. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva, candidato à reeleição pelo PT, não ofereceu respostas precisas sobre os casos de corrupção que envolveram seu partido e ministros do governo durante entrevista ontem ao "Jornal Nacional", da Rede Globo. Lula, que diferentemente dos adversários não compareceu à emissora e foi entrevistado no Palácio da Alvorada, insistiu que só soube das denúncias (o mensalão e o valerioduto) "depois que aconteceram".
Lula tentou isentar o PT, apesar de toda a cúpula do partido ter caído com as denúncias e ter sido denunciada ao Supremo Tribunal Federal por comandar a "organização criminosa" do mensalão. E tampouco quis revelar os nomes daqueles que supostamente o traíram, segundo ele próprio declarara no ano passado. Lula aparentou tensão e ainda se confundiu ao tentar listar as ações do governo contra a corrupção, chegando a falar "combate à ética".
- O procurador-geral da República foi escolhido por mim sem que sequer eu o conhecesse, numa demonstração de que o combate à ética significa você permitir que as instituições façam as investigações que precisam fazer - disse, nervoso.
Embora o comando do PT tenha se envolvido com o mensalão e o valerioduto, Lula disse que as denúncias não afetam o partido. O apresentador William Bonner Insistiu, lembrando que havia ministros envolvidos, como José Dirceu, da Casa Civil, tratado pelo procurador-geral como "chefe da organização criminosa". E perguntou ao presidente se ele duvidava da idoneidade e da competência do procurador. Lula se defendeu:
- Se tivesse, não tinha indicado. Procurador da República no meu governo Indicia. Nos outros governos, engavetava afirmou, acrescentando:
- É com esse grau de liberdade que quero que ele funcione, e é com esse grau de liberdade e respeitando o estado de direito que quero que as pessoas que foram Indiciadas por ele vão ao Supremo Tribunal Federal.
Lula disse que como presidente é o responsável por qualquer erro cometido por um funcionário público, direta ou Indretamente, mas afirmou que só poderia ter agido de outra forma se soubesse:
-Eu só poderia fazer diferente se soubesse antes.
E comparou um presidente a uma família:
- Há famílias com problemas dentro de casa e a família não sabe. Como pode alguém querer que é o presidente da República, embora tenha de assumir responsabilidade, saiba o que está acontecendo agora na Secretaria (na verdade, delegacia) de Agricultura de São Paulo, com meus ministros que não estão aqui?
A apresentadora Fátima Bernardes então perguntou se ele acha que o eleitor espera dele responsabilidade como governante ou o comportamento de uma mãe que age com amor cego por um filho.
Lula insistiu que o governo está apurando as denúncias e citou o trabalho da Controladoria Geral da União, afirmando que fora criada em seu governo.
De novo, errou. O órgão foi criado pelo ex-presidente Fernando Henrique em 2 de abril de 2001. A primeira ministra da CGU foi Anadyr de Mendonça Rodrigues. Lula mudou o nome da CGU, passando a chamar o titular da pasta de ministro do Controle e da Transparência, e ampliou suas atribuições.
Bonner lembrou que Lula se solidarizara publicamente com ministros e petistas, memo acusados, num comportamento diferente daquele que adotava antes da Presidência, quando defendia punição para acusados antes da confirmação da culpa.
- Você deve estar falando de outra pessoa - disse Lula, afirmando que ele afastara Dirceu e Antonio Palocci.
Mas Lula também não foi correto neste ponto. O próprio Dirceu anunciou sua demissão, publicada no Diário Oficial como exoneração, a pedido, no dia 16 de junho de 2005. Fez um pronunciamento tendo atrás de si 18 ministros. Teve uma última reunião com o presidente, quando entregou uma carta. Chamou Lula de "querido companheiro e amigo". Lula respondeu em carta chamando-o de "Querido Zé".
O presidente Lula também disse que afastou Palocci. Mas, no dia de sua saída, houve dúvidas sobre se ele estava se demitindo ou apenas de afastando do cargo temporariamente. Palocci se despediu afirmando que saía com a consciência tranqüila e negando ter patrocinado "malfeitorias com recursos públicos", numa cerimônia onde foi chamado por Lula de "mais que irmão".
Erro Sobre o Tamanho do país
Ao falar sobre segurança, o presidente confundiu números sobre a extensão territorial do país. Disse que o Brasil tem 17 mil km de fronteira. E acrescentou:
- Não são 17 mil metros, são 17 milhões (de metros). São 7 milhões de fronteira marítima e 9 milhões de fronteira terrestre.
O presidente errou: são 23 mil km de fronteira, sendo 15,7 mil km de fronteira seca e 7,3 mil km de marítima. Ao falar em 9 milhões de fronteira terrestre, o presidente fez confusão com os números. Pode ter se lembrado dos mais de 8,5 milhões de quilômetros quadrados da extensão do território do país.
Ao encerrara entrevista Lula cometeu outro deslize: disse que os índices econômicos melhoraram e que "a única coisa que cai é o salário.
COLABOROU Diana Fernandes
As Contradições
Candidato à reeleição, o presidente Lula na prática adotou ontem, na entrevista ao "Jornal Nacional", o tom esqueçam o que eu disse. O petista negou, errou ou se contradisse sobre questões importantes de seu governo:
. DIRCEU E PALOCCI: Lula disse que demitiu os dois ministros para afirmar que pune quem comete erros. Nos dois casos, porém, ele resistiu o quanto pôde a evidências e à participação tanto de Dirceu, no caso do mensalão, como de Palocci, no escândalo do caseiro. Dirceu já tinha sobrevivido ao caso Waldomiro Diniz. E só se afastou do cargo de chefe da Casa Civil quando sua permanência lá tornara-se insustentável pela pressão das investigações das CPls. Memo assim, pediu demissão. No caso de Palocci, Lula aceitou seu pedido de afastamento - e também apenas quando já não dava mais para negar a participação do então ministro da Fazenda na violação ilegal do sigilo bancário do caseiro que o acusara.
.MÁCULA DO PT: Ontem Lula disse que os escândalos do valerioduto e do mensalão "não maculam" o PT, mas as pessoas. As pessoas a que o presidente se refere, porém, eram toda a cúpula de seu partido - o presidente, o secretário-geral, o tesoureiro. Sobre qualquer um deles, inclusive, o presidente não ensaiou ontem qualquer defesa. A culpa é dos outros - pessoas - não do PT nem dele, disse nas entrelinhas.
.TRAIDORES: Novamente se recusou a citar os nomes dos que supostamente o traíram.
.CPls: Foi impreciso ao dizer que nunca pediu punição para alguém ainda não condenado. Quando era oposição, ele fez isso em diversos episódios, inclusive com hoje aliados seus como Jader Barbalho, acusado de fraudes contra a Sudam e que hoje integra o conselho político de sua campanha e até opina sobre ética.
. CGU: Disse que foi ele quem criou a Controladoria Geral da União, que na verdade foi criada em 2001 pelo presidente Fernando Henrique.
. OKAMOTTO: Ao falar do pagamento da dívida de R$ 29,4 mil com o PT, paga por seu amigo Paulo Okamotto, alegou que este errou ao não descontar na rescisão do contrato com o PT. Minutos depois,porém, disse que não pagou porque não havia dívida. E não explicou por que, tendo patrimônio de quase R$ 1 milhão, deixou Okamotto pagar.
Não é bem assim
Candidato tentou se equilibrar entre a fidelidade aos 'irmãos' e a necessidade de convencer o eleitorado de que nada sabia sobre o mensalão
Petista procura se distanciar de aliados
José Casado
Luiz lnácio Lula da Silva é um candidato preocupado em se desvencilhar de amigos e aliados nesta campanha eleitoral. Aos olhos dos eleitores, pelo menos.
Ontem, em entrevista à Rede Globo, Lula tentou manter distância de antigos aliados, com os quais governou o Partido dos Trabalhadores até a chegada ao centro do poder, em 2003. O caso do mensalão "não macula o PT", disse Lula, "pode macular pessoas".
Referia-se a alguns dos companheiros da cúpula petista que, em janeiro de 2003, subiram com ele a rampa do Palácio do Planalto, em Brasília: os ex-ministros José Dirceu e Antonio Palocci, o ex-presidente do seu partido José Genoíno, o ex-tesoureiro Delúbio Soares e seu secretário de finanças pessoais, Paulo Okamotto, entre outros.
Visivelmente nervoso diante das luzes e lentes da televisão, Lula tentou se livrar do "peso" que, eventualmente, aliados como esses possam ter na sua eleição.
Titubeante, mostrou-se contraditório. Primeiro, atribuiu responsabilidade pelo mensalão aos fiéis aliados ("lamento profundamente que companheiros tenham feito coisas que ainda vão ser julgadas"). Em seguida, considerou-se responsável ("por qualquer erro que qualquer funcionário público cometa no Brasil").
O candidato à reeleição quis apresentar um presidente da República vigilante, incisivo e decidido e afirmou ter demitido os ministros Dirceu e Palocci. Os arquivos do Planalto guardam os originais das cartas de ambos - e eles jamais foram demitidos pelo chefe, pediram demissão depois de prolongada agonia na Casa Civil (Dirceu) e na Fazenda (Palocci).
Também tentou passar a impressão de um presidente absolutamente isento e fiel seguidor do princípio de não interferência nos demais poderes da República. Mas não foi exatamente isso o que ocorreu nas investigações do Congresso sobre o caso do mensalão.
O governo empenhou todos os esforços para, primeiro, impedir a Comissão Parlamentar de Inquérito. Depois, para retardar o processo de investigação bancos estatais e fundos de pensão, por exemplo, foram alvo de seguidas queixas do comando da CPI.
Houve momentos em que senadores e deputados encarregados da investigação precisaram recorrer à ajuda do procurador-geral da República para conseguir que órgãos federais apresentassem documentos solicitados três meses antes. O governo Lula nunca facilitou as investigações da CPI dos Correios, ao contrário, como registram os anais da comissão.
Ontem, na televisão, Lula mostrou-se um candidato tenso, quase à beira de um ataque de nervos, tentando se equilibrar entre a fidelidade aos "irmãos"- como costumava se referir, em público, a Palocci e Genoino – e a necessidade de fazer o eleitorado acreditar que nada sabia, por era apenas o presidente da República.
A mudança do discurso
Embora o presidente Luiz Inácio Lula da Silva tenha dito na entrevista de ontem ao "Jornal Nacional" que, quando estava na oposição, nunca pedia a condenação de adversários sem que houvesse provas, uma simples consulta aos arquivos mostra que a realidade era diferente. Abaixo, alguns exemplos de frases de Lula como líder do PT:
"O presidente (Fernando Henrique) perdeu efetivamente o sentido de responsabilidade. Parece-me que ele não tem nenhum controle. Não sei se emocionalmente está apto a continuar no cargo. Fica provado que há uma total irresponsabilidade no governo", disse Lula em maio de 99, a respeito do grampo no BNDES sobre a privatização da Telebrás. Menos de um mês depois, acrescentou: "Quero lembrar ao povo brasileiro que, por muito menos, Nixon renunciou à Presidência dos Estados Unidos" .
O PT também defendeu, em 2001, uma CPI da Corrupção e chegou a montar um "varal da corrupção" no Congresso, exibindo todas as denúncias surgidas no governo FH. Eleito Lula, passou a defender que só haja CPI com fato determinado.
A covardia tem início já no título, o que é prática comum no jornalismo desta empresa. A mídia inteira passou de abril de 2005 a quase junho de 2006 liqüefazendo a opinião pública com a noção de que o governo Lula foi um governo corrupto, e a mídia é poderosa e eficiente neste poder.
O Lula sempre foi o alvo direto e ali estavam dois soldados de elite neste cruel ataque, o casal Bonner e Fátima Bernardes. Quem não ficaria tenso mesmo estando ao lado da verdade? Você não ficaria? Eu ficaria!
Sobre a corrupção, primeiro é preciso entender como funciona a corrupção, suas leis, suas definições.
Escrevi certa vez que:
“corrupção é o ato ou o efeito de decompor, de causar putrefação; é o apodrecimento da coisa, do corpo, da alma, dos indivíduos ou de toda uma nação.
É costume colocarmos a culpa no alheio, sendo normal imaginar que o problema se encontra longe de nós e fora do nosso alcance. Ao contrário, a corrupção ronda nossas mentes, lares, fazendo parte de nossa vida e é contra toda a forma de corrupção que precisamos lutar.
A corrupção se encontra no seio do descaso com que, quase todos nós, tratamos nossas vidas, ajudando a manter um sistema que nos escraviza pelo nosso silencioso consentimento.
Ultimamente a corrupção é vista na forma do suborno, do uso de caixa dois, mas a corrupção não é só isso. Permitir que fome, miséria, doença, ignorância e desemprego aconteçam é negar o acesso aos direitos humanos, e negar o respeito à vida é uma forma de corrupção de efeito prolongado que pode ser mais devastador que o suborno ou o caixa dois em si.
A desigualdade de renda e riqueza é, provavelmente, a causa mais importante dos grandes males políticos, econômicos, sociais, éticos e culturais que assolam o país. O Brasil é campeão mundial de concentração de renda e pentacampeão de concentração de riqueza.”
(trecho introdutório do Manifesto contra a corrupção do grupo Izquierda Unida).
Conhecendo estes aspectos, outro ponto fundamental é: Não existe distribuição de renda onde existe corrupção. Igualdade social e corrupção são inversamente proporcionais, ou seja, onde há mais corrupção, há uma maior desigualdade social.
E o contexto social vivido por nós brasileiros é o de menor desigualdade social na história.
Sendo esta uma verdade aferida pelo IBGE, pela FGV, pelo IPEA, entre as instituições nacionais de pesquisa mais importantes, então a única conclusão possível é entender que a corrupção fui dramaticamente reduzida.
Quando o jornal O Globo, afirma no título da matéria que o presidente Lula cometeu “cometeu imprecisões sobre vários casos, principalmente os de corrupção” provoca em seu leitor uma grave distorção da verdade, isso sendo muito tolerante, porque o quadro que se forma é de calúnia e de difamação.
Seguindo...
“Lula tentou isentar o PT, apesar de toda a cúpula do partido ter caído com as denúncias e ter sido denunciada ao Supremo Tribunal Federal por comandar a "organização criminosa" do mensalão. E tampouco quis revelar os nomes daqueles que supostamente o traíram, segundo ele próprio declarara no ano passado. Lula aparentou tensão e ainda se confundiu ao tentar listar as ações do governo contra a corrupção, chegando a falar "combate à ética".
- O procurador-geral da República foi escolhido por mim sem que sequer eu o conhecesse, numa demonstração de que o combate à ética significa você permitir que as instituições façam as investigações que precisam fazer - disse, nervoso.
Embora o comando do PT tenha se envolvido com o mensalão e o valerioduto, Lula disse que as denúncias não afetam o partido. O apresentador William Bonner Insistiu, lembrando que havia ministros envolvidos, como José Dirceu, da Casa Civil, tratado pelo procurador-geral como "chefe da organização criminosa". E perguntou ao presidente se ele duvidava da idoneidade e da competência do procurador.”
Sobre a queda da cúpula do PT, o procurador, a “organização criminosa”, Genoino e José Dirceu:
Em primeiro lugar, o mensalão nem ao menos existiu.
Em seguida, com a massificação da mídia sobre o caso seria muito natural o afastamento das pessoas citadas. Em governos anteriores isto nem foi cogitado, mas no governo Lula não, mesmo fazendo todo o possível para agir da forma mais correta, ainda assim a mídia não poupou o presidente Lula.
O afastamento é necessário para que as instituições continuem a funcionar independentes da suspeição de seus comandantes. Isto é fato e é assim que deve ser. Mas não implica na culpa definitiva dos acusados, não é prova de absolutamente nada. Ainda hoje, mesmo depois de provado que não havia qualquer relação entre as ações de Genuíno com seu irmão e muito menos de seu irmão com seu secretário, ainda assim a mídia continua tratando o ex-presidente do PT como mensaleiro, como corrupto, como criminoso. Este é um país sem lei? Este é um país sem direito? Então que imprensa é esta que continua a repetir inverdades? O jornal O Globo repete a mesma tese da corrupção em todos os quadros da matéria. Seria a prática nazista de que se você repetir uma mentira “n” vezes ela se torna verdade?
Sim, no imaginário de alguns milhões de brasileiros o Genuíno é corrupto e o José Dirceu também.
José Dirceu é apontado no relatório final da CPI que o condenou como o “chefe da organização criminosa”.
Pior, sem provas, sem indícios. Isto significa um atentado aos direitos civis nos mesmos moldes do negro período do regime militar. Voltamos à escuridão do AI-5. Voltamos aos tempos da Inquisição.
É neste tipo de país que você cidadão está vivendo, mas a pergunta é, você deseja viver num país assim? Onde as pessoas são incriminadas sem provas, sem ao menos serem apontados indícios?
As operações do BGM, citadas no relatório como sendo a base das transações criminosas foram consideradas lícitas pela Controladoria Geral da União e pelo Tribunal de Contas da União.
O próprio BGM exerceu seu direito de resposta nos principais jornais e revistas deste país. Isto se tornou público, mas o jornal O Globo prefere a manutenção desta covarde mentira.
Abro aqui novamente um espaço para que fique claro a inexistência do mensalão. A matéria não foi produzida por mim, mas merece ser reapresentada:
JASSON DE OLIVEIRA ANDRADE é jornalista em Mogi Guaçu
O deputado Roberto Jefferson criou o termo mensalão, que a imprensa, escrita e falada, adotou.
Ele se referia aos deputados que, segundo ele, recebiam mensalmente uma importância para votar com o governo.
As investigações do Conselho de Ética da Câmara Federal não comprovaram essa denúncia do deputado petebista.
O que se descobriu é que alguns deputados receberam dinheiro do valerioduto, ou seja, do Caixa Dois, para o financiamento de suas campanhas.
A verdade é que o mensalão, tão explorado pela mídia, inclusive pela imprensa do Interior, e pela oposição, nunca existiu, como veremos a seguir.
Bernardo Kucinski, no artigo "Confusão na crise do mensalão", analisou o assunto.
O jornalista constatou: "Boa parte da população acha mesmo que houve corrupção, mas não está claro como aconteceu.
A confusão foi produzida pela própria mídia, ávida por denúncias e mais empenhada em incriminar do que em investigar.
A começar pelo próprio nome - "mensalão" - que se impôs pela repetição, como uma marca, e acabou virando seção fixa de jornal.
Deputados passaram a ser chamados genericamente de "mensaleiros".
Ocorre que nunca foi provada uma relação entre pagamentos regulares e votações de deputados a favor do governo.
(...) Jornalista e oposição ignoraram até mesmo as questões do senso comum:
1) Por que pagar "mensalão" a sete deputados do PT que já votam com o governo?
2) Por que deputados foram ao Banco Rural apenas uma ou no máximo três vezes, se era um "mensalão"?
3) Por que o governo teve dificuldade em aprovar projetos se estava pagando "mensalão" para que fossem aprovados?
4) Por que pagar "mensalão" a um deputado como Roberto Brant, do PFL, opositor ferrenho do governo?"
Roberto Brant recebeu dinheiro do valerioduto para financiar campanha de seu partido, o PFL de Minas.Por isso foi incluído junto aos outros 18 para ser cassado, mas a Câmara o absolveu, com votos, comentou-se, de pefelistas e também de seus aliados tucanos, os que mais falam em "mensalão" e "mensaleiros".
Ao responder a uma pergunta da revista Carta Capital (O senhor chegou a ser classificado de mensaleiro), afirmou:
"Pois é, um absurdo.
O que seria o mensalão?
Recursos que o Executivo teria repassado a integrantes da base aliada em troca de votos no Congresso.
Sou do PFL, o partido que mais faz oposição ao governo.
Muito mais até do que o PSDB. Como posso ser chamado de mensaleiro?
Há falta de apreço pela exatidão e pela verdade".
Para se ter uma idéia da falsa acusação, o jornal O GLOBO, na primeira página, publicou assim a absolvição de Brant:
"Câmara absolve pefelista do mensalão".
A Folha noticiou em manchete também de primeira página:
"Câmara absolve 2 do "mensalão".
O jornal se referia a absolvição dele e do deputado Professor Luizinho (PT-SP).
À respeito, o deputado Brant declarou:
"No fim, estavam discutindo a minha cassação, que sou da oposição, e de deputados do PT.
Pergunto:
qual a razão que o governo teria para pagar mesada a parlamentares do PT?
O (Professor) Luizinho, líder do governo na Câmara, precisava receber dinheiro para defender o Executivo?
No meio da crise misturou-se tudo, até porque não se podia separar.
Se começa a separar, fica racional.
Se ela for racional, AQUILO DEIXAR DE SER UM INSTRUMENTO POLÍTICO (destaque meu).
Não tem como administrar um esquema que paga mensalmente a deputados, ISSO NÃO EXISTE (destaque meu).
Só pegou pelo inusitado, pela diversão.
Virou algo caricato. A caricatura marca mais do que o retrato".
Um fato que ninguém ainda comentou: se o mensalão era para pagar parlamentares, visando aprovação de propostas do governo, por que não se pagou o SUPOSTO mensalão aos senadores?
Por que só aos deputados e assim mesmo apenas 19?
O mensalão não existiu.Na verdade, houve o valerioduto (Caixa Dois).
Mas isso aconteceu com todos os partidos.Aliás, o primeiro a receber dinheiro de Marcos Valério foi o senador Azeredo, do PSDB e ex-presidente nacional deste partido.
Por esse motivo, na Assembléia Geral da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), um bispo disse:
"Ao falar de escândalos como o caixa 2, é preciso observar que uns (políticos) denunciam os outros, quando também eles fizeram a mesma coisa"
Brant, na citada entrevista, também focaliza o problema:
"Como tachar de corrupto um partido inteiro, o sistema de forças inteiro? Há políticos que desviam de conduta no PT, no PFL, no PSDB".
A mídia sabe que o mensalão não existiu, mas continua designando os deputados de mensaleiros.
É que o termo pegou e, por esse motivo, não importa a mentira!
Retornando à análise da matéria de O Globo:
Observem o trecho:
“Lula insistiu que o governo está apurando as denúncias e citou o trabalho da Controladoria Geral da União, afirmando que fora criada em seu governo.
De novo, errou. O órgão foi criado pelo ex-presidente Fernando Henrique em 2 de abril de 2001. A primeira ministra da CGU foi Anadyr de Mendonça Rodrigues. Lula mudou o nome da CGU, passando a chamar o titular da pasta de ministro do Controle e da Transparência, e ampliou suas atribuições.”
Vamos retornar para antes de 2002 e verificar o que era a CGU.
Entre 2000 e 2001 não ocorreram processos contra crimes de corrupção no Brasil. Sim, é isso mesmo, não há registro de crimes de colarinho branco neste país durante este período.
A impressão superficial é a de que o governo FHC baniu do país a corrupção. A pergunta é, baniu ou engavetou?
Esta é uma das principais marcas que diferenciam o governo Lula do governo PSDBista ou de qualquer outro governo, no governo Lula a corrupção aparece porque ela é investigada e combatida.
Se o Lula além de alterar o nome do órgão ampliou as suas atribuições ele é sim autor do novo órgão, ou engana-se o jornal ou visa enganar o seu leitor.
Vejam as ações de combate à corrupção durante o governo Lula:
As Ações contra o crime crescem 815% em apenas 3 anos de governo Lula!!!
As ações da Polícia Federal no combate ao crime cresceram 815% entre 2000 e 2005.
Nos dois últimos anos da gestão FHC, foram realizadas apenas 20 operações, com a prisão de 54 pessoas - uma média de 27 capturas por ano.
Durante o governo Lula, a Polícia Federal realizou 183 operações e 2.961 prisões - uma média de 987 presos por ano.
Nas ações específicas de combate à corrupção, foram presas 1.300 pessoas (entre elas, 515 servidores públicos e 130 agentes da Polícia Federal e da Polícia Rodoviária Federal).
Na gestão FHC, foram engavetados vários escândalos, como as denúncias de corrupção e tráfico de influência no contrato de criação do Sistema de Vigilância da Amazônia (Sivam).
A CPI sobre o caso foi esvaziada em 2001 pelos aliados de FHC. Outra CPI engavetada na mesma época iria investigar a privatização do sistema Telebrás.
Conversas telefônicas indicavam favorecimento do BNDES ao consórcio do banco Opportunity.Orçamento da Polícia Federal é 74% superior.
O orçamento autorizado em 2005 para a Polícia Federal (R$ 590 milhões) é 74% superior à execução orçamentária do último ano do governo anterior (R$ 338,6 milhões).
O maior volume de investimentos tem proporcionado uma melhor qualificação dos policiais, dotando-os também de meios tecnológicos modernos para combater a criminalidade.
Governo aumenta efetivo da Polícia Federal
O efetivo da Polícia Federal passou de 9.289 pessoas, em 2002, para 11.749, em 2005, representando um aumento de 26,5%.
O objetivo é realizar novos concursos para totalizar, até 2007, um efetivo de 15 mil homens e mulheres engajados no combate à criminalidade - um acréscimo de 61,5% em relação aonúmero de policiais existentes no início da atual gestão.
Brasil investe na construção de penitenciárias
Prevista desde 1984, a estruturação de penitenciárias federais saiu do papel durante o governo Lula.
As duas primeiras penitenciárias federais - uma no Paraná e outra no Mato Grosso do Sul - estão prontas.
Outras três serão entregues até 2007.
Órgãos de perícia são reforçados
Destaca-se o investimento feito na consolidação do banco de dados digital de informações criminais.
O sistema Afis recebeu R$ 104 milhões durante os anos de 2003 e 2004.
O governo investiu ainda R$ 22,5 milhões, entre 2002 e 2004, na construção da nova sede do Instituto Nacional de Criminalística (INC) e R$ 100 milhões, em 2005, na compra de equipamentos destinados ao novo INC e às Superintendências Regionais da Polícia Federal.
Foram beneficiados os laboratórios de análises químicas, de documentação, de fotografia e de DNA.
O governo Lula implantou também a Rede de Radiocomunicação Fixa (Tetrapol) nas cidades do Rio de Janeiro, São Paulo e Brasília e nas unidades móveis dos demais estados.
Programa moderniza Delegacias das Mulheres
O governo iniciou em 2004 a modernização das Delegacias Especializadas de Atendimento às Mulheres (Deams).
A modernização prevê reaparelhamento e capacitação dos operadoresde segurança pública da Deams.
Até o final de 2005, foram reaparelhadas 50 delegacias e capacitados policiais do Tocantins, Rio de Janeiro, Minas Gerais e Espírito Santo, visando à qualificação do atendimento e à mudança da percepção da violência contra a mulher.
O objetivo é terminar o ano de 2006 com 150 Deams modernizadas em todo o Brasil.
Campanha do Desarmamento reduz homicídios
O governo Lula promoveu a Campanha de Desarmamento, que recolheu mais de 470 mil armas de fogo, superando a meta inicial de 80 mil armas.Essa política, em conjunto com uma série de medidas de promoção de distribuição de renda e de geração de oportunidade para os jovens brasileiros, foi responsável pela primeira queda na taxa de homicídios no Brasil desde 1992:
8% em 2004.
Sistema Único de Segurança Pública é criado
O governo Lula criou o Sistema Único de Segurança Pública (Susp).
Centrado nas polícias estaduais em interface com a Polícia Federal e as Guardas Municipais, o Susp foi implantadoem 26 estados e no Distrito Federal.
O objetivo é melhorar os fluxos informativos entre as instituições e dar mais eficiência à gestão das políticas públicas de combate à violência pública e à criminalidade.Gastos do governo estão disponíveis na internet
O Portal da Transparência (http://www.portaltransparencia.gov.br/), criado pelo atual governo, é um sistema informatizado que coloca à disposição dos cidadãos, sem necessidade de senhas de acesso, informações detalhadas sobre programas e ações da administração federal.
O instrumento permite fiscalizar a correta aplicação dos recursos públicos.
O Portal abriga mais de 304 milhões de informações envolvendo a aplicação de recursos federais superiores a R$ 1,88 trilhão.
O governo criou ainda a exigência de que órgãos e entidades da administração pública federal mantenham as próprias páginas de transparência na internet.
Nessas páginas serão divulgadas informações relativas à execução orçamentária e financeira, compreendendo, entre outras, matérias relativas a licitações e convênios.
Pregão eletrônico torna-se regra para compras públicas
O decreto 5.504/05 tornou o pregão eletrônico a regra geral para as compras públicas.
A utilização dessa modalidade cresceu 204%, possibilitando uma economia de mais de 20% para a União.
Controladoria fiscaliza municípios brasileiros
O governo Lula deu status de ministério à Controladoria-Geral da União e contratou 300 novos analistas de finanças e controle em 2006.
O órgão criou o sistema de fiscalização de municípios por sorteio, alcançando 18% das cidades brasileiras entre 2003 e 2005 e melhorando de forma significativa a utilização dos recursos federais.
Foram realizadas 8.763 auditorias em órgãos federais e 5.688 tomadas de contas especiais.
A fiscalização representou um retorno potencial de R$ 1,3 bilhão aos cofres públicos.
O governo intensificou a criação de ouvidorias federais, que saltaram de 40 em 2002 para 124 em 2005.
Aumenta cerco à lavagem de dinheiro
O governo atual intensificou as ações de combate à lavagem de dinheiro.
Houve integração de mecanismos investigativos, ampliação da base de dados, reforço a acordos internacionais e criação de uma estratégia permanente de enfrentamento do problema.
Apesar da existência de lei específica no País contra a prática criminosa, o cerco à lavagem de dinheiro só começou efetivamente em 2003.
Tudo que foi feito saiu praticamente do zero, como a Estratégia Nacional de Combate à Lavagem de Dinheiro (Encla), instância em que se reúnem cerca de 30 órgãos da esfera federal e judicial voltados ao combate a essa atividade criminosa.
Entre as metas traçadas pela Encla em 2006, destacam-se o aperfeiçoamento da tipificação dos crimes de terrorismo, a adoção de medidas para aumentar a proteção de informações sigilosas e a tipificação de organização criminosa.
Desde 2003, o governo atual conseguiu rastrear e bloquear mais de US$ 300 milhões.
Governo articula combate à corrupção
Problema arraigado nas instituições brasileiras durante décadas, a corrupção recebeu um tratamentos implacável no governo atual.
A iniciativa, inédita na história do País, foi desenvolvida mediante ações articuladas entre Polícia Federal, Controladoria-Geral da União (CGU), Receita Federal, Ministério Público e Ministério da Justiça.
Em 2003, iniciou-se uma completa reestruturação dos mecanismos de controle, fiscalização e combate às quadrilhas que há décadas agiam na máquina pública.
O governo atual conferiu total independência ao Ministério Público, reforçou a CGU e deu uma nova dinâmica à Polícia Federal.
OEA aprova combate à corrupção no Brasil
A Organização dos Estados Americanos (OEA) aprovou o Brasil pelas providências adotadas para a implementação da Convenção Interamericana contra a Corrupção.
A avaliação, anunciada em março de 2006, foi realizada por uma comissão de peritos encarregados de acompanhar as medidas colocadas em prática pelos países signatários da convenção.
A comissão ressaltou avanços obtidos pelo Brasil no combate à corrupção.
Mereceram destaque os esforços feitos pela CGU para a criação de normas sobre quarentena, conflitos de interesses e monitoramento da evolução patrimonial de agentes públicos.
Outra iniciativa importante é a criminalização do enriquecimento ilícito, objeto de projeto enviado pelo presidente Lula ao Congresso Nacional.
Fonte: Material disponível no livro: Governo Lula: A Construção de um Brasil Melhor - PDF completo disponível no endereço: http://www.informes.org.br/livro-internet.pdf
Posso acrescentar a esta lista a chamada Lei do Abate, que se tornou um divisor de águas na história do combate ao tráfico de drogas neste país!
Ainda sobre a questão dos ex-ministros José Dirceu e Antônio Palocci, o jornal insiste de que eles não foram demitidos e sim que se demitiram, tentando contradizer o presidente da República. As cartas demissionárias citadas pelo jornal são puro formalismo.
Em casos de afastamento é sabido que o procedimento passa pela carta de demissão, principalmente em se tratando de duas pessoas reconhecidamente do ciclo de relacionamento mais próximo do presidente Lula. Haviam anos de luta, militância e história em jogo.
A pressão midiática induziu o clamor popular, cabeças estavam sendo exigidas.
A melhor saída foi optar por cartas demissionárias mas na prática o que houve de fato foi a demissão dos ministros.
Em seguida o jornal noticia que o presidente erra sobre o tamanho do país.
Será que isso seria assim tão relevante?
Não é o jornal uma representação da imprensa nacional? Não é o jornal O Globo um símbolo desta imprensa?
Pois há um erro de digitação no último parágrafo desta parte da matéria.
Eu não sei se você concorda comigo, mas eu considero um erro de digitação num jornal do porte de O Globo mais relevante que imprecisões geográficas.
O Globo também erra neste trecho:
"O presidente Lula também disse que afastou Palocci. Mas, no dia de sua saída, houve dúvidas sobre se ele estava se demitindo ou apenas de afastando do cargo temporariamente. "
Será que a equipe de jornalismo anda muito "nervosa" por estar denegrindo de forma tão escandalosa a imagem do melhor presidente da história e por isso comete tantos erros de digitação numa mesma matéria?
Segundo o jornal, (o que até agora é indício e não prova) do envolvimento de líderes do partido com o chamado valerioduto macula sim a imagem do PT.
Como se dá o tratamento desta mídia em relação ao não envolvimento, mas ao caso provado e comprovado de uso do dinheiro público onde o Azeredo, ex-presidente do PSDB inaugura o próprio valerioduto fazendo uso de caixa 2 para sua candidatura ao governo de Minas Gerais? Foi o mesmo tratamento? Não.
E sobre a lista de Furnas?
Lista esta periciada e autenticada pela Polícia Federal envolvendo milhões de reais de desvios do dinheiro público? Não se trata de indícios, mas de provas materiais.
Geraldo Alckmin é citado como recebedor de 7 milhões de reais, José Serra é citado como recebedor de 9 milhões de reais, Aécio Neves é citado como recebedor de 5 milhões de reais.
Não se trata do secretário do irmão do vizinho, de um parente distante do sei lá o que de fulano ou de cicrano, são as mãos sujas dentro da botija de praticamente toda a cúpula do PSDB.
Assim como no caso dos sanguessugas, o PSDB ocupa o primeiro lugar em prefeituras envolvidas, o PFL o segundo lugar ou vice-versa.
O PT está lá para trás em décimo primeiro lugar.
Os resultados das investigações vem apresentando uma flagrante e indiscutível ação criminosa do PSDB sangrando o dinheiro público brasileiro há cerca de quase 10 anos, e estamos falando não de indícios, mas de evidências, e tudo o que o jornal O Globo entende por corrupção é acusar membros do PT que já foram inocentados pela justiça?
Preste atenção eleitor, a mentira midiática é cruel e covarde.
Ao final da matéria eles tentam construir na mente de seus leitores a idéia de que o presidente Lula é adepto à mudança de discurso. Para isso eles assim articulam:
“Embora o presidente Luiz Inácio Lula da Silva tenha dito na entrevista de ontem ao "Jornal Nacional" que, quando estava na oposição, nunca pedia a condenação de adversários sem que houvesse provas, uma simples consulta aos arquivos mostra que a realidade era diferente. Abaixo, alguns exemplos de frases de Lula como líder do PT:
"O presidente (Fernando Henrique) perdeu efetivamente o sentido de responsabilidade. Parece-me que ele não tem nenhum controle. Não sei se emocionalmente está apto a continuar no cargo. Fica provado que há uma total irresponsabilidade no governo", disse Lula em maio de 99, a respeito do grampo no BNDES sobre a privatização da Telebrás.
Menos de um mês depois, acrescentou: "Quero lembrar ao povo brasileiro que, por muito menos, Nixon renunciou à Presidência dos Estados Unidos" .”
Vejam bem, “disse Lula em maio de 99, a respeito do grampo no BNDES sobre a privatização da Telebrás."
Só para refrescar a memória, o caso do grampo no BNDES não se trata de indício ou de acusação sem provas, trata-se de uma gravação telefônica onde o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso é réu confesso de crime contra a União e evidentemente contra o Brasil.
Esta gravação não serviu como prova por uma questão de formalidade da Lei mas a gravação é real, existe e nela o tema da conversa era o quanto os interlocutores (entre eles, FHC) iriam lucrar com o leilão da Telebrás.
Isto é o flagrante de crime de corrupção ativa, praticado pelo próprio presidente da República.
O jornal O Globo e sua equipe de jornalismo mostram-se covardes, criminosos e tão corruptos quanto o ex-presidente que tanto insistem em defender!
Uma das coisas que eu gostaria que o Lula tivesse comentado foi a questão da Lei do Abate.
Ele poderia ter dito algo aproximadamente assim quando questionado sobre criminalidade:
"Bonner, você conhece a Lei do Abate? No meu governo, fizemos a Lei do Abate, com ela qualquer avião que entrar em espaço aéreo brasileiro precisa ser identificado, se não se identificar recebe além dos avisos por rádio o disparo de aviso, se não descer, é alvejado e destruído. Isto mudou de uma vez por todas a face do tráfico de drogas neste país! Hoje a via aérea não é mais possível, o perfil passou a ser rotas rodoviárias, onde fica muito mais fácil a fiscalização por parte da polícia federal. O resultado é o aumento sem precedentes das apreensões executadas pela polícia federal nos últimos tempos."
Mas o tempo foi muito curto e havia muito o que ser dito.
Saudações socialistas.
Comentários:
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Obrigado Aurelio, é preciso muita cidadania nesses tempos de eleição.
Que bom que você teve paciência em ler, sei que foi muita coisa, mas havia mesmo muita coisa a dizer.
Saudações socialistas!
Que bom que você teve paciência em ler, sei que foi muita coisa, mas havia mesmo muita coisa a dizer.
Saudações socialistas!
Li de ponta a ponta. Perfeito André. Parabéns!
Escreveu o que a gente quer explicar e não consegue. Agora ficou fácil. Vou divulgar com sua permissão.
Abraços
Escreveu o que a gente quer explicar e não consegue. Agora ficou fácil. Vou divulgar com sua permissão.
Abraços
Oi Névio!
Temos mais é que divulgar mesmo!!!!
Acho que defender nossos valores, princípios e em especial defender a verdade incontestável não se trata de pedir premissão, é o nosso dever cívico!
Eu te agradeço!
Forte abraço e saudações socialistas!
Temos mais é que divulgar mesmo!!!!
Acho que defender nossos valores, princípios e em especial defender a verdade incontestável não se trata de pedir premissão, é o nosso dever cívico!
Eu te agradeço!
Forte abraço e saudações socialistas!
Parabéns André!Seu texto é de uma lucidez ímpar!Enfim percebi que não sou a única a ter a mesma impressão a respeito da influência negativa de um jornal exibido em horário nobre que tem como principal missão derrubar nosso presidente.Covarde é um adjetivo muito suave para caracterizar aquele noticiário.Aliás,não apenas o Jornal Nacional,mas TODA a rede Globo.Eles são rasteiros,inescrupulosos e dissimulados.A covardia ali é apenas um detalhe a mais daquela podridão diabólica.A falta de iniciativa para tentar esconder aquele sorriso amarelo do casal mais nojento do pseudo-jornalismo brasileiro ao final do show dado por Lula no final da entrevista só comprova tudo o que você cita no texto.
Oi Dê, quem sabe eu não ando um tanto pessimista e é justamente o contrário, realmente o Lula é muitos e muitos já acordaram para a covardia, a canalhice da direita, corrompendo o direito ao futuro de toda uma nação?
POis é, eu começo a sentir que não, que de fato muitos já acordaram.
É muito bom saber disso.
Vamos a luta!
Saudações socialistas!
Obrigado por suas palavras!!!
Um beijão pra você!
POis é, eu começo a sentir que não, que de fato muitos já acordaram.
É muito bom saber disso.
Vamos a luta!
Saudações socialistas!
Obrigado por suas palavras!!!
Um beijão pra você!
Querido André, lamentável seu texto. Um verdadeira bosta.
Espero que algum ente querido seu tome um tiro na bunda.
E vc olhe e diga: não, não há um cu aqui.
Saudações socialistas, seu energúmeno
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Espero que algum ente querido seu tome um tiro na bunda.
E vc olhe e diga: não, não há um cu aqui.
Saudações socialistas, seu energúmeno
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