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segunda-feira, agosto 14, 2006

Cultura: caminho para o desenvolvimento social

Por: Laurez Cerqueira
Em “A Humanização do Macaco pelo Trabalho”, Engels diz que “a mão não é apenas o órgão do trabalho: é também um produto deste.”
Desde a era em que o primata deixou de utilizar as mãos para se sustentar no solo e passou a utilizá-la para buscar o seu sustento, isto é, o seu alimento, e para se defender ou atacar, a mão humana alcançou um grau de perfeição inimaginável. A mão transforma a natureza. Faz surgir dela, desde o simples botão de uma roupa às mais sofisticadas máquinas que cortam os oceanos, os céus, o espaço cideral em busca de planetas; máquinas que decompõem a matéria em partículas tão pequenas que beiram o nada. Constrói cidades, instrumentos musicais e tira deles melodias encantadoras. Realiza a magia em quadros e esculturas. Prepara a seringa com o veneno letal e crava na veia dos sentenciados de morte, como ocorreu recentemente com o rapper Stanley Williams. A mão acaricia, escreve poemas, mas também destrói, como destruiu as torres gêmeas em New York, e destrói Bagdá. Destrói a Amazônia, a camada de ozônio, enfim, destrói o planeta.
O trabalho contribuiu para aproximar cada vez mais os membros da sociedade pela necessidade de colaboração. O trabalho nos levou à capacidade de abstração, ao raciocínio e à linguagem. Mas nos levou também à competição, ao individualismo, ao lucro e à solidão. Fez a agricultura, o comércio, a indústria e ao seu lado desenvolveu a arte e a ciência. Como observa McLuhan, da extensão dos músculos desenvolveu-se a mecânica e dela fez-se sofisticados motores. Dos motores construíram-se carros, aviões, extensão de nossas pernas. Enfim, fez-se câmeras e microfones que levam nossos olhos, nossos ouvidos e nossa voz mundo afora e nos traz o que são capazes de captar, por intermédio do telefone, do rádio, da TV, e da internet.
A mão que fez a Escola de Sagres, a bússola, o astrolábio, o quadrante, as cartas para navegação, as caravelas. Os portugueses construíram a caravela de 50 toneladas de arqueação, coberta com um pavimento elevado na popa e dois mastros com velas latinas, triangulares. Essa engenharia possibilitou navegar em zigue-zague, aproveitando melhor os ventos. Conseguiu o dobro da velocidade das embarcações. Luiz Vaz de Camões cantou e imortalizou as façanhas dos portugueses dos séculos XV e XVI, em Os Lusíadas. As caravelas com a Cruz de Malta cravada em suas velas, cruzaram o Atlântico e aportaram na costa da América.
Os índios já estavam aqui, atravessaram o Estreito de Bering, no Pólo Norte, vieram a pé. Darcy Ribeiro, em O Povo Brasileiro, narra a chegada dos portugueses como se tivesse assistido a tudo, escondido, quem sabe, do alto do galho de uma árvore. Conta que naquelas praias da Bahia, de águas cristalinas, os índios, nus, na sua esplêndida beleza, andavam em perfeita harmonia com a natureza.
Do mar surgiam das caravelas, homens barbudos, esfarrapados, fedorentos, cheio de feridas pelo corpo, doentes de escorbutos e sedentos por sexo. Ali, naquelas praias de águas puras, dizia Darcy, começou a parte mais violenta do choque cultural. Começou a desconstrução da divindade dos índios, para em seu lugar plantar o Deus católico. Não havia pecado. Ali, duas concepções diferentes de mundo, da vida, da morte, do amor se chocaram. Além desse choque, o Brasil tem na sua gênese cultural fatos simbólicos que valem à pena rememorar. O nome Brasil vem do pau-brasil, primeiro produto roubado pelos colonizadores das terras tropicais e o primeiro problema ecológico, a devastação das florestas. Os portugueses e outros europeus traziam coisas encantadoras para corromper os índios: traziam facas, facões, machados, espelhos, miçangas, mas sobretudo, ferramentas. As ferramentas causaram uma revolução nas tribos.
Darcy Ribeiro contava que onde tinha algum europeu instalado na costa em contato com as naus, e portanto capaz de fornecer mercadoria, cada aldeia, das milhares que havia espalhadas pelo litoral, levava uma moça para casar com ele. Se ele transasse com a moça, tornava-se cunhado. O estrangeiro passou a ter sogro, sogra, genros, noras, enfim, passou a ser parente. Através do cunhadismo, o português ou outro europeu conseguia colocar milhares de índios, equipados com ferramentas, a serviço dele, na derrubada do pau-brasil. Os portugueses, que por sua vez tinham uma cultura árabe, tinham cultura gráfica, sabiam escrever. O primeiro homem que pensou e escreveu sobre o Brasil, foi Pero Vaz de Caminha, que relatava à corte as coisas das terras tropicais. O Vaticano tem arquivos secretos sobre aquela fase da história do Brasil, narrada pelo clero que aqui se instalou, ainda desconhecidos dos brasileiros.
O projeto educacional dos jesuítas para catequizar os índios foi um fracasso. Os jesuítas ignoraram os negros e não quiseram catequizá-los. Sequer tentaram pedagogizar a cultura negra. Os negros foram deixados à margem do processo cultural. Com os índios eles tentaram. Os europeus jesuítas que vieram para o Brasil adotaram aqui uma pedagogia muito diferente da pedagogia protestante, que foi praticada nos Estados Unidos. Martinho Lutero exigia que os fiéis tinham que ter contato direto com a palavra de Deus. Esse contato era ler a Bíblia. O fiel tinha que ser alfabetizado. A cultura norte-americana obrigava o negro a se alfabetizar para ir à igreja louvar a Deus. A civilização norte-americana nasceu alfabetizada.
Aqui não. A igreja católica tem o intermediário, o sacerdote, que interpreta os textos e dispensa o católico de ser alfabetizado. Basta que se ouça o sermão, a interpretação que o sacerdote faz da Bíblia. Os negros sofreram todas as humilhações e frustrações da escravidão, ao longo de trezentos anos. Acumulou ressentimentos, vegetou nos centros urbanos, tentando ser gente, isto é, cidadão comum. As instituições, inclusive a igreja, tratavam o escravo como um ser que não era totalmente humano. A aparência física era associada a dos animais. Seu corpo era para o trabalho. As manifestações de sua cultura sofreram a mais dura repressão.
Vejam a ordem do governo-geral do Rio de Janeiro ao governo da Bahia, em 1814:
"Determina Sua Alteza Real que V. Exa. prohiba absolutamente os ajuntamentos de Negros chamados vulgarmente batuques, não só de dia, mas muito particularmente de noite, pois ainda que se lhes permitisse isto para os fazer contentes não deve continuar esta espécie de divertimento, depois de terem abusado tanto dela." (Com o aumento das revoltas dos escravos e de outros grupos pobres, principalmente a partir do fim do século XVIII, os batuques foram considerados focos de rebelião esteticamente proibidos). Os portugueses desdenharam a contribuição das culturas indígena e negra na formação cultural do Brasil. Eram culturas ágrafas, consideradas sem importância pelos letrados e essa contribuição se diluiu. A participação delas no mundo letrado foi pequena. Quando houve foi sob o olhar do branco. Apesar disso, o Brasil ganhou para sua galeria de grandes artistas, o Aleijadinho, Lima Barreto, Cruz e Souza, Clementina de Jesus, Pixinguinha, Cartola e muitos outros, e o maior nome da literatura brasileira: Machado de Assis.
Na visão protestante do mundo, o trabalho é uma forma de louvar a Deus. Para a cultura senhorial católica o trabalho não é coisa para pessoas nobres e dignas, o trabalho desmerece. Os patrões ficavam nas varandas da Casa Grande, numa cadeira de balanço, olhando os escravos trabalhar nas lavouras.
As cidades brasileiras foram formadas ao redor das igrejas, sem nenhum ordenamento urbanístico. A cultura hispânica na América, diferentemente, teve a preocupação de ordenar as cidades sob conceitos urbanísticos mais adequados à concentração populacional. As cidades são edificadas em espaços quadriculares. Na América Hispânica a presença da cultura indígena é exuberante. O exemplo mais eloqüente é o México. A exceção cabe à Argentina, por ter uma presença marcante da colonização italiana e inglesa.
Durante longos séculos a educação no Brasil ficou a cargo do clero católico. Os jesuítas criaram no período colonial um sistema completo de educação, do ensino elementar ao superior. O sistema educacional instituído pelos jesuítas, além de cumprir com as determinações da ordem religiosa atendeu aos interesses da monarquia portuguesa. Os colégios instalados nos centros urbanos mais importantes formavam os missionários, os funcionários para trabalhar nas atividades do Estado e ofereciam formação para a elite proprietária. Os jesuítas eram extremamente organizados, adotavam métodos de ensino rígidos com regras de conduta detalhadas, controle de conteúdos pedagógicos e da publicação de livros. As gráficas eram controladas pela igreja.
Depois da declaração de independência, em 1827, foi aprovada uma lei estabelecendo que se criassem escolas primárias em todas as cidades e vilas mais populosas do país, mas essa lei nunca foi implementada. A educação pública começou na República, quando se deu a separação entre a igreja e o Estado, coisa de um século para cá. A partir desse momento o modelo de educação pública passou a investir nas idéias de nacionalidade e cidadania.
Restringiu, ainda que lentamente, o conteúdo religioso nos currículos escolares e passou a introduzir conhecimentos que fortalecessem os laços entre cidadãos e Estado. A partir de 1920 o movimento em defesa da escola pública ganhou força com um grupo de educadores inspirados em ideais libertários. Desse movimento, vale ressaltar a liderança do educador baiano Anísio Teixeira. Os Manifestos da Educação de 1932 e de 1959, defendiam uma escola pública única, laica, gratuita e acessível a todos.
Em 1922, em meio a uma grande agitação político-social, com greves e tumultos que marcaram a luta do operariado paulista, um grupo de intelectuais e artistas realizaram na cidade de São Paulo a Semana de Arte Moderna, um dos mais importantes eventos da cultura brasileira, que repercute até hoje no movimento cultural do país. Naquela época a crise da economia cafeeira, que sustentou a vida republicana, afetou o prestígio social da aristocracia rural paulista e da pequena burguesia que ascendeu à cena política no início da república. A industrialização deu início a um ciclo de mobilidade social e acelerou o processo de urbanização. Fez surgir um conflito político na grande burguesia. O segmento que investia na indústria passou a hostilizar o segmento agrário que ainda controlava o poder público.
Sob vaias e protestos de setores conservadores, os ativistas políticos e culturais que fizeram a “Semana de Arte Moderna”, sequer conseguiram ser ouvidos em seus pronunciamentos. Vejam o que dizia Menotti del Picchia em seu discurso inflamado: "Queremos luz, ar, ventiladores, aeroplanos, reivindicações obreiras, idealismos, motores, chaminés de fábricas, sangue, velocidade, sonho em nossa arte. Que o rufo de um automóvel, nos trilhos de dois versos, espante da poesia o último deus homérico, que ficou anacronicamente a dormir e a sonhar, na era do jazz band e do cinema, com a flauta dos pastores da Arcádia e os seios divinos de Helena".
Vejam o que dizia o Programa do Modernismo:


1921 marca o início da busca de abrir terreno às idéias novas:

— Rejeição das concepções estéticas e práticas artísticas românicas, parnasianas e realistas.
— Independência mental brasileira e recusa às tendências européias em moda nos meios cultos conservadores.
— Elaboração de novas formas de expressão, capazes de apreender e representar os problemas contemporâneos.
— Transposição, para a arte, de uma realidade viva: conflitos, choques, variedade e tumulto, expressões de um tempo e de uma sociedade.
Estas idéias se desdobraram com o crescer do movimento, gerando os mais diversos caminhos: a poesia pau-brasil, o verde-amarelismo, a antropofagia, o regionalismo, e a consciência social.
Em 1924, Mário de Andrade dirigiu-se ao amigo Joaquim Inojosa, em Recife, com um detalhamento da visão dele sobre a cultura nacional, mais amadurecida e mais próxima dos ideais buscados pelo movimento modernista.
“Veja bem: abrasileiramento do brasileiro não quer dizer regionalismo nem mesmo nacionalismo = o Brasil por brasileiros. Não é isso. Significa só que o Brasil pra ser civilizado artisticamente, entrar no concerto das nações que hoje em dia dirigem a Civilização da Terra, tem de concorrer pra esse concerto com a sua parte pessoal, com o que o singulariza e individualiza, parte essa, única, que poderá enriquecer e alargar a Civilização.”
Aqui, percebe-se a articulação do conceito de identidade e diversidade cultural. Esse conceito foi uma preocupação constante na história do pensamento social brasileiro. Vale lembrar, que esta noção constituiu o pressuposto da orientação modernista em suas mais diferentes versões. O modernismo foi marcado por um ideal universalista, pela incorporação das linguagens artísticas modernas.
Mais adiante, nos anos 60, brota o “movimento tropicalista”, considerado por alguns teóricos como a terceira geração do “modernismo”. O movimento tropicalista, se remete às idéias do Manifesto Antropofágico de Oswald de Andrade, aproveita elementos estrangeiros que entraram no país e, por meio de sua fusão com a cultura brasileira, criou um novo produto artístico. Além da música, o movimento tropicalista manifesta-se, ainda, nas artes plásticas, (Hélio Oiticica) no teatro (José Celso Martinez Correa), no cinema (Glauber Rocha) e na literatura, com a influência do concretismo ( Décio Pignatari, Ferreira Gullar e os irmãos Haroldo e Augusto de Campos). Portanto, não é por acaso que o compositor Gilberto Gil, um dos líderes do movimento, ocupa atualmente a pasta a Cultura no governo Lula.
Retomando os comentários sobre o sistema educacional brasileiro, vale destacar a importância da universidade na afirmação da identidade cultural e da autonomia nacional. Até a chegada de D. João VI, a corte portuguesa não permitiu, ao longo de três séculos, a instalação de escolas técnicas e instituições culturais no Brasil. Até as primeiras décadas do século XX, o Brasil recebeu algumas missões estrangeiras e teve poucas escolas técnicas profissionais instaladas (Direito, Medicina e Engenharia).
A primeira universidade brasileira foi a USP, fundada em 1934, a partir da anexação de escolas já existentes. A famosa Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras foi criada originalmente para formar pesquisadores. Tinha seu corpo docente composto por professores estrangeiros. Logo depois de fundada, seu projeto original foi mudado em razão da oposição das escolas antigas e da repressão do governo do Estado Novo. A Universidade do Distrito Federal (Rio), foi criada em 1935, concebida como uma instituição integrada, mas foi dissolvida em 1938, pelo governo do Estado Novo. A Universidade de Brasília, 1961, também concebida como instituição integrada, teve seu projeto original mudado, em 1965, pelo governo militar.
Durante o regime militar a universidade brasileira sofreu um duro golpe. Professores foram presos, exilados, e o projeto de construção de instituições autônomas dedicadas prioritariamente à pesquisa foi barrado. A reforma promovida pelos militares, depois da assinatura do acordo MEC/USAID, transformou o sistema educacional brasileiro, inclusive a universidade, em centros de formação de mão-de-obra. O fato é que a educação oferecida no Brasil não contempla a formação profissional, do cidadão e do ser humano. A preparação dos que cumprem o trajeto da escola fundamental à universidade não é adequada às necessidades contemporâneas. As estatísticas da Unesco, que revelam o analfabetismo funcional, prova o fracasso do modelo.
O modelo é incapaz de sistematizar a aproximação dos estudantes com as diversas formas de expressão artística. Não cria o hábito da vivência estética, os estudantes não se inserem na vida cultural do país. Isto provocou perdas irreparáveis no processo de desenvolvimento. O regime militar separou educação da cultura. Separou, na época, para afastar os estudantes dos artistas. Antes da ditadura os professores eram parte ativa do processo cultural. Não só freqüentavam o teatro, o cinema, assistiam a shows, lançamentos literários, participavam de debates, mas estimulavam a participação dos alunos.
É preciso mais cultura na educação e mais educação na cultura. A cultura e a educação devem assumir as dimensões da vida cotidiana. A fragmentação curricular não pode continuar. Ultimamente, vem-se valorizando muito a diversidade cultural, mas o conceito de igualdade está sendo deixado de lado. A igualdade não deve ser divorciada da diversidade. O sistema educacional deve se adaptar às características locais e culturais dos povos originários. O sistema educacional é alheio à cultura local. Para que a educação seja um unificador social, é preciso analisar a cultura local, fazer adaptações e não somente copiar o sistema educacional dos colonizadores. Os artistas têm que manter um compromisso mais efetivo com a comunidade.
O Brasil precisa superar a falta de diálogo entre a arte tradicional e a arte popular e unificar as práticas culturais. Desde a criação do Ministério da Cultura, há 20 anos, houve um esvaziamento da dimensão pedagógica nas políticas culturais. Educação e cultura juntos é um instrumento poderoso para se combater o processo de globalização predatória. O Brasil tem hoje 186 milhões de habitantes, 55 milhões de estudantes matriculados em todos os níveis da educação formal, e 2,5 milhões de professores.
Segundo pesquisa recente, a tiragem média de jornais gira em torno de 4 milhões de exemplares diários. A tiragem média de um romance é de 3 mil exemplares, a ocupação média dos teatros é de 18%, o público médio de um filme brasileiro gira em torno de 600 mil espectadores e apenas 8% dos municípios brasileiros têm salas de cinema. Essa situação leva à dependência de financiamentos e patrocínios para a produção artística. O Ministério da Cultura executa uma política cultural apoiada no conceito definido como cultura e desenvolvimento. Esse conceito considera a atividade cultural como fator estratégico no processo de desenvolvimento do país. Busca integrar as demais políticas governamentais. Tenta viabilizar um amplo programa de fortalecimento das atividades econômicas de produção e difusão de bens e serviços culturais no Brasil.
Contribui para que o setor cultural, assim considerado, gere emprego, renda e intensifique a diversidade cultural, para criar as condições de acesso a todos. Ou seja, a cultura deixa de ser tratada apenas sob o conceito antropológico e passa à dimensão econômica. Essa dimensão tem dado prioridade, no momento, para a questão do financiamento. Desde sua criação, o MinC vinha ocupando os últimos lugares no ranking do orçamento do país, cerca de R$ 200 a R$ 300 milhões por ano, excluídos a folha de pagamento e os recursos provenientes da renuncia fiscal (Lei Rouanet). Em 2005 houve um incremento de R$ 1,14 bilhão, sendo R$ 640 milhões de recursos orçamentários e R$ 500 milhões de renúncia fiscal e patrocínio das empresas estatais para a cultura. Recentemente, foi aprovado na Comissão de Constituição e Justiça da Câmara um projeto de lei que destina 2% do orçamento da União para o MinC. O MinC está patrocinando a II Conferência Nacional de Cultura. Uma iniciativa importante que certamente contribuirá para a consolidação de uma política cultural perene.

Gostaria de finalizar agradecendo a atenção de vocês, antes, porém, deixando para reflexão :

"Somos uma nova Roma, lavada em sangue negro e sangue índio, destinada a criar uma esplêndida civilização, mestiça e tropical, mais alegre, porque mais sofrida, e melhor, porque assentada na mais bela província da Terra" .
Laurez Cerqueira é jornalista e escritor, autor de Florestan Fernandes vida e obra e “Florestan Fernandes - um mestre radical.

Comentários:
Dê,

Laurez Cerqueira é dono de mãos que escrevem a cultura.

Muito legal o texto e eu gosto também de escrever assim, escrever sobre conexões, eu gosto do encadeamento de idéias, acho uma inteligência a parte saber como uma coisa leva a outra, não o exagero da teoria do efeito borboleta, mas na forma como o Laurez desenvolve mesmo.

Sim, eu acho que com mais cultura neste país (e põe aí mais 4 anos de Gilberto Gil à frente do MinC) e nós teremos a chance de começar a sonhar com uma grande e mestiça Roma tropical, sem o belicismo, mas como berço de uma nova civilização.

Começa pelos pontos que acho que resumem o texto:

a cultura sofisticada deve ir ao encontro da cultura regional, tradicional, o Brasil precisa conhecer para poder amar o próprio Brasil.

há que se fazer uma revolução na estrutura e na forma de se pensar cultura neste país.

como diz o Laurez Cerqueira, o ensino não contempla o respeito aos aspectos regionais, e isto é uma grande perda.

Estou na torcida para que este se torne mesmo um país de todos.

Saudações socialistas Dê!
 
esse blog parece música de adoniram; só dá eu, nuca vi coisa igual...
e por favor, não vai dar uma de democracia e publicar.
já basta de asneiras aqui
 
muito bom o site

parabens!

to apoiando vcs la no meu flog
http://aneurysmgirl.flogbrasil.terra.com.br/

vlw!
 
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