terça-feira, julho 18, 2006
Aproveitando a ida de Lula ao G-8: Uma aula sobre Política Externa
Política externa retoma sentido estratégico
A política externa brasileira recuperou o sentido estratégico com o objetivo de reduzir a vulnerabilidade externa da economia e ampliar de forma sustentada as exportações e os superávits comerciais. Também são metas: recuperar e consolidar o Mercosul; integrar econômica, política e fisicamente a América do Sul; preservar os espaços para a implementação
de políticas de desenvolvimento nas negociações hemisféricas; reaproximar o Brasil da África e do Oriente Médio; introduzir e consolidar temas sociais na agenda internacional; e mudar a
correlação de forças nas negociações comerciais multilaterais para corrigir as assimetrias do comércio mundial.
País propõe criação do G-20
A criação do chamado G-20, por muitos definido como um golpe de mestre da diplomacia brasileira, mudou a correlação de forças das negociações da Organização Mundial do Comércio (OMC).
A iniciativa criou condições político-diplomáticas necessárias para a elaboração de acordos que confiram ênfase à dimensão do desenvolvimento na OMC e corrijam as assimetrias geradas pelas regras de comércio mundial.
A liderança do Brasil no G-20 aumenta o protagonismo internacional do País. O Brasil é hoje ator de primeira linha nas negociações comerciais multilaterais e vem obtendo vitórias importantes na OMC, referentes aos subsídios agrícolas - como nos casos do algodão e do açúcar. Essas vitórias contribuem para uma maior liberalização do mercado agrícola mundial.
Brasil investe politicamente no Mercosul
Quando o presidente Lula assumiu o governo, o Mercosul estava à beira da ruptura. O bloco havia sido levado a uma grande fragilidade, sobretudo devido à crise da economia argentina e
às .relações carnais. que o governo Carlos Menem havia estabelecido com os Estados Unidos. O governo FHC não enfrentou o problema com a energia necessária. Com Lula, o Brasil
voltou a investir politicamente no Mercosul e a priorizar o fortalecimento do bloco econômico como elemento central de uma estratégia de inserção no processo de globalização e de ampliação do protagonismo do País no cenário internacional, particularmente na América do Sul. As ações que o governo Lula adotou para fortalecer o Mercosul tiveram bastante êxito, embora
o bloco enfrentasse, em 2006, uma crise grave ocasionada por disputas entre Argentina e Uruguai.
Ações estimulam processo de integração
O governo brasileiro vem ajudando a implementar o Programa de Trabalho do Mercosul, que visa a recuperar o sentido estratégico inicial, com ênfase nos aspectos políticos e sociais do
processo de integração. Os eixos principais são: ampliar as dimensões políticas e sociais do bloco; completar a União Aduaneira, afetada pelas listas de exceções; desenvolver as bases para a criação de um verdadeiro mercado comum; e implantar nova agenda em torno do desenvolvimento tecnológico e da integração da base produtiva.
País defende benefícios para cidadãos do Mercosul
O Brasil tem atuado para a entrada em vigor de normas que tragam benefícios diretos aos cidadãos, como o Acordo de Residência de Nacionais. Ele permitirá que qualquer brasileiro possa fixar residência nos países do Mercosul, ainda quando não tenha emprego assegurado. O Brasil favorece a pronta entrada em vigor do Acordo sobre Previdência Social do Mercosul, que estende benefícios previdenciários a cidadãos dos Estados-Partes, aumentando a solidariedade regional.
Parlamento do Mercosul tem apoio do Brasil
A criação do Parlamento do Mercosul dará maior transparência e legitimidade ao processo de integração, ao permitir que os Poderes Legislativos dos Estados-Partes possam ter maior influência no processo decisório do Mercosul. Também merece destaque o Fundo para a Convergência Estrutural e Fortalecimento Institucional do Mercosul (Focem).
Composto por contribuições anuais não-reembolsáveis de US$ 100 milhões, ele introduz no Mercado Comum do Sul mecanismo financeiro de correção de assimetrias de nível de desenvolvimento econômico e social semelhante aos existentes na União Européia.
Lula aproxima Mercosul e Comunidade Andina
O governo Lula não se limitou a lutar pelo fortalecimento e pela consolidação do Mercosul. O Acordo de Livre Comércio entre o Mercosul e a Colômbia, o Equador e a Venezuela (ACE-
59), países-membros da Comunidade Andina de Nações (CAN), assinado em 2003, possibilitou que esses três países se tornassem Estados Associados do Mercosul, a partir de 2004. A
conclusão do Acordo de Livre Comércio Mercosul-Colômbia, Equador e Venezuela, somada à assinatura do Acordo de Livre Comércio Mercosul-Peru, permitiu a aproximação definitiva dos
dois principais blocos econômicos da América do Sul: Mercosul e Comunidade Andina.
BNDES financia obras na América do Sul
O BNDES e a Corporación Andina de Fomento (CAF) financiam projetos importantes para a integração dos países da América do Sul.
As principais obras de infra-estrutura no continente com financiamento brasileiro são:
Com a parceria firmada com a CAF, o BNDES estimula as exportações de bens e serviços de empresas brasileiras, contribuindo para a expansão da produção e do emprego.
Lula propõe novo modelo para Alca
O governo FHC adotava uma postura meramente defensiva e protelatória em relação ao modelo norte-americano proposto para a Área de Livre Comércio das Américas (Alca).
O governo
Lula adotou uma postura ofensiva e propositiva nas negociações relativas àquele bloco econômico.
A proposta norte-americana vai muito além da mera abertura comercial: inclui temas como compras governamentais, investimentos, serviços e propriedade intelectual.
O Brasil tem interesses defensivos nessas áreas, dada à grande competitividade da economia norte-americana.
Por outro lado, o Brasil tem interesses ofensivos em áreas como agricultura e antidumping, que são temas em relação aos quais os EUA têm postura claramente defensiva. A postura negociadora do Brasil impediu que fosse criada a Alca "ampla" norte-americana, o que poderia ter comprometido definitivamente a capacidade do País de implementar políticas industrial, científica, tecnológica e de desenvolvimento.
Ampliadas parcerias com países em desenvolvimento
Sem abandonar as parcerias tradicionais com países ou bloco de países desenvolvidos (EUA, União Européia e Japão), o governo brasileiro procura criar e fortalecer parcerias estratégicas
com países em desenvolvimento, particularmente com China, Índia, Rússia e África do Sul. O presidente Lula realizou viagens que resultaram na assinatura de dezenas de acordos que ampliaram significativamente o escopo da cooperação Sul-Sul. Além das dezenas de novos acordos firmados entre Brasil e China e Brasil e Rússia, deve-se destacar a assinatura do
acordo comercial Mercosul-Índia e a constituição do Fórum de Diálogo Índia, Brasil e África do Sul.
Fonte: Livro Governo Lula: A Construção de um País Melhor, páginas 26 a 30.
A política externa brasileira recuperou o sentido estratégico com o objetivo de reduzir a vulnerabilidade externa da economia e ampliar de forma sustentada as exportações e os superávits comerciais. Também são metas: recuperar e consolidar o Mercosul; integrar econômica, política e fisicamente a América do Sul; preservar os espaços para a implementação
de políticas de desenvolvimento nas negociações hemisféricas; reaproximar o Brasil da África e do Oriente Médio; introduzir e consolidar temas sociais na agenda internacional; e mudar a
correlação de forças nas negociações comerciais multilaterais para corrigir as assimetrias do comércio mundial.
País propõe criação do G-20
A criação do chamado G-20, por muitos definido como um golpe de mestre da diplomacia brasileira, mudou a correlação de forças das negociações da Organização Mundial do Comércio (OMC).
A iniciativa criou condições político-diplomáticas necessárias para a elaboração de acordos que confiram ênfase à dimensão do desenvolvimento na OMC e corrijam as assimetrias geradas pelas regras de comércio mundial.
A liderança do Brasil no G-20 aumenta o protagonismo internacional do País. O Brasil é hoje ator de primeira linha nas negociações comerciais multilaterais e vem obtendo vitórias importantes na OMC, referentes aos subsídios agrícolas - como nos casos do algodão e do açúcar. Essas vitórias contribuem para uma maior liberalização do mercado agrícola mundial.
Brasil investe politicamente no Mercosul
Quando o presidente Lula assumiu o governo, o Mercosul estava à beira da ruptura. O bloco havia sido levado a uma grande fragilidade, sobretudo devido à crise da economia argentina e
às .relações carnais. que o governo Carlos Menem havia estabelecido com os Estados Unidos. O governo FHC não enfrentou o problema com a energia necessária. Com Lula, o Brasil
voltou a investir politicamente no Mercosul e a priorizar o fortalecimento do bloco econômico como elemento central de uma estratégia de inserção no processo de globalização e de ampliação do protagonismo do País no cenário internacional, particularmente na América do Sul. As ações que o governo Lula adotou para fortalecer o Mercosul tiveram bastante êxito, embora
o bloco enfrentasse, em 2006, uma crise grave ocasionada por disputas entre Argentina e Uruguai.
Ações estimulam processo de integração
O governo brasileiro vem ajudando a implementar o Programa de Trabalho do Mercosul, que visa a recuperar o sentido estratégico inicial, com ênfase nos aspectos políticos e sociais do
processo de integração. Os eixos principais são: ampliar as dimensões políticas e sociais do bloco; completar a União Aduaneira, afetada pelas listas de exceções; desenvolver as bases para a criação de um verdadeiro mercado comum; e implantar nova agenda em torno do desenvolvimento tecnológico e da integração da base produtiva.
País defende benefícios para cidadãos do Mercosul
O Brasil tem atuado para a entrada em vigor de normas que tragam benefícios diretos aos cidadãos, como o Acordo de Residência de Nacionais. Ele permitirá que qualquer brasileiro possa fixar residência nos países do Mercosul, ainda quando não tenha emprego assegurado. O Brasil favorece a pronta entrada em vigor do Acordo sobre Previdência Social do Mercosul, que estende benefícios previdenciários a cidadãos dos Estados-Partes, aumentando a solidariedade regional.
Parlamento do Mercosul tem apoio do Brasil
A criação do Parlamento do Mercosul dará maior transparência e legitimidade ao processo de integração, ao permitir que os Poderes Legislativos dos Estados-Partes possam ter maior influência no processo decisório do Mercosul. Também merece destaque o Fundo para a Convergência Estrutural e Fortalecimento Institucional do Mercosul (Focem).
Composto por contribuições anuais não-reembolsáveis de US$ 100 milhões, ele introduz no Mercado Comum do Sul mecanismo financeiro de correção de assimetrias de nível de desenvolvimento econômico e social semelhante aos existentes na União Européia.
Lula aproxima Mercosul e Comunidade Andina
O governo Lula não se limitou a lutar pelo fortalecimento e pela consolidação do Mercosul. O Acordo de Livre Comércio entre o Mercosul e a Colômbia, o Equador e a Venezuela (ACE-
59), países-membros da Comunidade Andina de Nações (CAN), assinado em 2003, possibilitou que esses três países se tornassem Estados Associados do Mercosul, a partir de 2004. A
conclusão do Acordo de Livre Comércio Mercosul-Colômbia, Equador e Venezuela, somada à assinatura do Acordo de Livre Comércio Mercosul-Peru, permitiu a aproximação definitiva dos
dois principais blocos econômicos da América do Sul: Mercosul e Comunidade Andina.
BNDES financia obras na América do Sul
O BNDES e a Corporación Andina de Fomento (CAF) financiam projetos importantes para a integração dos países da América do Sul.
As principais obras de infra-estrutura no continente com financiamento brasileiro são:
- estrada Roboré-Puerto Suarez(Bolívia);
- rodovia Interoceânica (Brasil-Peru);
- hidrelétrica San Francisco (Equador);
- rodovia Quito-Guayaquil (Equador);
- novoaeroporto internacional de Quito (Equador);
- segunda e terceira pontes sobre o rio Orinoco (Brasil-Venezuela);
- duplicação da auto-estrada do Mercosul (Brasil-Argentina);
- e terceira ponte sobre o rio Uruguai (Brasil-Argentina).
Com a parceria firmada com a CAF, o BNDES estimula as exportações de bens e serviços de empresas brasileiras, contribuindo para a expansão da produção e do emprego.
Lula propõe novo modelo para Alca
O governo FHC adotava uma postura meramente defensiva e protelatória em relação ao modelo norte-americano proposto para a Área de Livre Comércio das Américas (Alca).
O governo
Lula adotou uma postura ofensiva e propositiva nas negociações relativas àquele bloco econômico.
A proposta norte-americana vai muito além da mera abertura comercial: inclui temas como compras governamentais, investimentos, serviços e propriedade intelectual.
O Brasil tem interesses defensivos nessas áreas, dada à grande competitividade da economia norte-americana.
Por outro lado, o Brasil tem interesses ofensivos em áreas como agricultura e antidumping, que são temas em relação aos quais os EUA têm postura claramente defensiva. A postura negociadora do Brasil impediu que fosse criada a Alca "ampla" norte-americana, o que poderia ter comprometido definitivamente a capacidade do País de implementar políticas industrial, científica, tecnológica e de desenvolvimento.
Ampliadas parcerias com países em desenvolvimento
Sem abandonar as parcerias tradicionais com países ou bloco de países desenvolvidos (EUA, União Européia e Japão), o governo brasileiro procura criar e fortalecer parcerias estratégicas
com países em desenvolvimento, particularmente com China, Índia, Rússia e África do Sul. O presidente Lula realizou viagens que resultaram na assinatura de dezenas de acordos que ampliaram significativamente o escopo da cooperação Sul-Sul. Além das dezenas de novos acordos firmados entre Brasil e China e Brasil e Rússia, deve-se destacar a assinatura do
acordo comercial Mercosul-Índia e a constituição do Fórum de Diálogo Índia, Brasil e África do Sul.
Fonte: Livro Governo Lula: A Construção de um País Melhor, páginas 26 a 30.
Comentários:
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Olá Luciana.
Em primeiro lugar, desejo lhe dar os parabéns por dois motivos:
1- Por ter voltado a estudar.
2- Por ter um senso apurado de observação e clareza ao desenvolver sua narrativa.
Ao contrário do que possa parecer o seu português é muito bem desenvolvido, sinal de que ao menos em sua infância e juventude você teve um bom preparo. Obviamente existem alguns errinhos, mas são erros de revisão normais em qualquer texto escrito em primeira mão.
Em geral, a carga emocional durante a escrita nos conduz a erros que não necessariamente sejam falhas gramaticais propriamente ditas. Foi assim que li seu texto, por isso, não se preocupe, ao contrário, você escreve muito bem.
Bom, sobre a educação:
É possível que você tenha feito o seu comentário no tópico errado, pois o primeiro tópico (por enquanto) é justamente sobre o tema educação. Seu comentário foi postado no tópico relativo com política externa. Tudo bem.
Caso, você não tenha visto ainda o tópico sobre educação, fique à vontade, ele é muito esclarecedor.
Bom, vou falar um pouco sobre educação:
Luciana, os professores em todos os níveis de ensino não recebiam aumentos há mais de uma década. O governo Lula foi o primeiro a dar aumento aos professores públicos desde o governo Sarney praticamente. O governo do PSDB classificava os professores como “vagabundos”.
O governo Lula não só passou a tratar os professores com o respeito que eles merecem como contratou novos mestres e proporcionou políticas de atualização, onde cursos de aperfeiçoamento foram incentivados.
Agora, entenda: Um curso de especialização leva cerca de dois anos. O governo Lula tem 3.5 anos de existência. Até que tudo isso dê frutos, leva-se um certo tempo.
Sobre o aluno ficar em tempo integral, isto é positivo sim. Certamente com o seu nível de instrução e pelo que eu pude notar pelo tipo de estrutura no seu texto, creio que as chances de você viver em comunidades carentes não é muito grande. Por favor, se eu estiver enganado, me desculpe.
Mas focando o universo das comunidades carentes, retirar a criança da ociosidade, do contato com possíveis marginais ou traficantes é muito importante. Só isso já é um passo para desconstruir um provável futuro delinqüente.
O universo da escola pública é de fato muito grande. Eu estudei o meu segundo grau em escola pública e me recordo que em minha turma haviam playboys, mas havia gente muito humilde. Tinha gente que ia perfumada, tinha gente que ia sem higiene bucal, sem tomar ao menos um banho. As diferenças eram gritantes. Então, algumas coisas que eram ruins para mim, como o refeitório por exemplo, eram um manjar de deuses para quem nada tinha.
A escola pública é uma escola de vida também. Sou grato, muito grato mesmo ao meu pai por ter me posto numa escola pública.
Eu falo isso, porque se por um lado pode parecer a você que alguns procedimentos não sejam os melhores para o seu filho, na média, são bons para a sociedade.
Eu pessoalmente estou afastado do ciclo escolar, em especial do básico e do fundamental. Mas tenho notícia de que o programa federal do Livro Escolar foi considerado um modelo de eficiência mundial. A ONU vem elogiando muito o programa e muitos países vem ao Brasil como observadores para ver de perto a eficiência do programa. Penso que se na escola que seu filho estuda ocorre a falta de livro didático isso deve ser denunciado ao Ministério Público de sua cidade.
Li sobre sua dúvida a respeito de comparar as políticas de educação entre os candidatos Lula e Geraldo. Concordo que este procedimento deva ser de fato feito.
Uma outra coisa que você deve verificar é: Que tipo de escola pública seu filho estuda? Ela é Federal, Estadual, ou Municipal? Responder esta pergunta é importante. Ela pode começar a lhe fornecer subsídios para a outra pergunta: Em quem você deve confiar o seu voto?
Historicamente, no governo federal, a política do PSDB foi de total abandono na questão da educação.
O governo FHC ignorou que existem milhões de brasileiros maiores de 14 anos que não são alfabetizados. O programa de ensino fundamental de FHC somente contemplava crianças de 0 a 14 anos.
E os maiores de 14? Eles que se danem...
O governo Lula não permitiu que isto ocorresse e organizou o maior programa de alfabetização do mundo. Sim Luciana, o Brasil é hoje sob o governo Lula o país que mais alfabetiza cidadãos no mundo.
Eu te pergunto: Diante dessas informações, que partido apresenta a maior preocupação com a educação? Qual é o mais responsável? Qual é o que mais investiu?
Acho que você já pode começar a visualizar um bom quadro para decidir o seu voto.
Muito obrigado por suas opiniões, questionamentos e pela participação em nosso blog.
Saudações e bom voto.
Postar um comentário
Em primeiro lugar, desejo lhe dar os parabéns por dois motivos:
1- Por ter voltado a estudar.
2- Por ter um senso apurado de observação e clareza ao desenvolver sua narrativa.
Ao contrário do que possa parecer o seu português é muito bem desenvolvido, sinal de que ao menos em sua infância e juventude você teve um bom preparo. Obviamente existem alguns errinhos, mas são erros de revisão normais em qualquer texto escrito em primeira mão.
Em geral, a carga emocional durante a escrita nos conduz a erros que não necessariamente sejam falhas gramaticais propriamente ditas. Foi assim que li seu texto, por isso, não se preocupe, ao contrário, você escreve muito bem.
Bom, sobre a educação:
É possível que você tenha feito o seu comentário no tópico errado, pois o primeiro tópico (por enquanto) é justamente sobre o tema educação. Seu comentário foi postado no tópico relativo com política externa. Tudo bem.
Caso, você não tenha visto ainda o tópico sobre educação, fique à vontade, ele é muito esclarecedor.
Bom, vou falar um pouco sobre educação:
Luciana, os professores em todos os níveis de ensino não recebiam aumentos há mais de uma década. O governo Lula foi o primeiro a dar aumento aos professores públicos desde o governo Sarney praticamente. O governo do PSDB classificava os professores como “vagabundos”.
O governo Lula não só passou a tratar os professores com o respeito que eles merecem como contratou novos mestres e proporcionou políticas de atualização, onde cursos de aperfeiçoamento foram incentivados.
Agora, entenda: Um curso de especialização leva cerca de dois anos. O governo Lula tem 3.5 anos de existência. Até que tudo isso dê frutos, leva-se um certo tempo.
Sobre o aluno ficar em tempo integral, isto é positivo sim. Certamente com o seu nível de instrução e pelo que eu pude notar pelo tipo de estrutura no seu texto, creio que as chances de você viver em comunidades carentes não é muito grande. Por favor, se eu estiver enganado, me desculpe.
Mas focando o universo das comunidades carentes, retirar a criança da ociosidade, do contato com possíveis marginais ou traficantes é muito importante. Só isso já é um passo para desconstruir um provável futuro delinqüente.
O universo da escola pública é de fato muito grande. Eu estudei o meu segundo grau em escola pública e me recordo que em minha turma haviam playboys, mas havia gente muito humilde. Tinha gente que ia perfumada, tinha gente que ia sem higiene bucal, sem tomar ao menos um banho. As diferenças eram gritantes. Então, algumas coisas que eram ruins para mim, como o refeitório por exemplo, eram um manjar de deuses para quem nada tinha.
A escola pública é uma escola de vida também. Sou grato, muito grato mesmo ao meu pai por ter me posto numa escola pública.
Eu falo isso, porque se por um lado pode parecer a você que alguns procedimentos não sejam os melhores para o seu filho, na média, são bons para a sociedade.
Eu pessoalmente estou afastado do ciclo escolar, em especial do básico e do fundamental. Mas tenho notícia de que o programa federal do Livro Escolar foi considerado um modelo de eficiência mundial. A ONU vem elogiando muito o programa e muitos países vem ao Brasil como observadores para ver de perto a eficiência do programa. Penso que se na escola que seu filho estuda ocorre a falta de livro didático isso deve ser denunciado ao Ministério Público de sua cidade.
Li sobre sua dúvida a respeito de comparar as políticas de educação entre os candidatos Lula e Geraldo. Concordo que este procedimento deva ser de fato feito.
Uma outra coisa que você deve verificar é: Que tipo de escola pública seu filho estuda? Ela é Federal, Estadual, ou Municipal? Responder esta pergunta é importante. Ela pode começar a lhe fornecer subsídios para a outra pergunta: Em quem você deve confiar o seu voto?
Historicamente, no governo federal, a política do PSDB foi de total abandono na questão da educação.
O governo FHC ignorou que existem milhões de brasileiros maiores de 14 anos que não são alfabetizados. O programa de ensino fundamental de FHC somente contemplava crianças de 0 a 14 anos.
E os maiores de 14? Eles que se danem...
O governo Lula não permitiu que isto ocorresse e organizou o maior programa de alfabetização do mundo. Sim Luciana, o Brasil é hoje sob o governo Lula o país que mais alfabetiza cidadãos no mundo.
Eu te pergunto: Diante dessas informações, que partido apresenta a maior preocupação com a educação? Qual é o mais responsável? Qual é o que mais investiu?
Acho que você já pode começar a visualizar um bom quadro para decidir o seu voto.
Muito obrigado por suas opiniões, questionamentos e pela participação em nosso blog.
Saudações e bom voto.
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