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terça-feira, junho 20, 2006

Entre Anjos e Demônios



Em fins de 2003, não haviam mais dúvidas:

O Brasil definitivamente tinha encerrado seu histórico perfil deficitário na balança comercial.
Lula representava a chegada de numa virtuosa trajetória superavitária.
Nesta mesma época, o ex-presidente do Brasil Fernando Henrique Cardoso falou com todo o seu rancor:

"Grande coisa o Brasil de Lula ser um grande exportador, e o esforço que nós fizemos para dar chance de o Lula conquistar tudo o que vem conseguindo, isso não conta não?"

Não foi 100% assim o dito pelo não dito, mas o recalque foi noticiado pela Isto É Dinheiro na época.

Será que o governo PSDBista realmente teria sido o responsável por preparar o Brasil para este inacreditável salto?

O que diz o histórico de nossa balança comercial?

Sim, porque para responder esta pergunta faz-se fundamental olharmos para o nosso passado recente.
Se o que o FHC afirmou for verdadeiro, deveremos naturalmente encontrar uma curva gradual de ascensão que denote um trabalho contínuo rumo ao desenvolvimento das exportações de acordo com a tese deste homo Sorbonensis.

Os gráficos acima nos revelam alguns absurdos curiosos sobre esta questão.

Esta série histórica inicia-se ainda durante o governo Médici, se estende por todo o período da ditadura militar, a reabertura política, governo Sarney, Itamar, FHC e finalmente a gestão Lula.

Os dados levantados nos mostram que em termos de balança comercial o governo FHC conseguiu ser ainda pior que os primórdios da desastrosa era militar.

A era FHC pode ser considerada a década perdida em meio ao impensável prejuízo.

Quem já conhecia o virtuoso período José Sarney/Itamar Franco não poderia imaginar o desastre sem precedentes que foi o governo Fernando Henrique Cardoso.

O saldo da balança comercial durante os governos de Sarney e de Itamar foram significativos e o Brasil atravessou dois governos inteiros com saldo positivo para então, a partir de 1995 o neo-liberalismo de FHC mostrar ao Brasil a que veio

Os gráficos acima nos mostram que o governo Médici foi muito negativo, o do Geisel foi negativo mas com menor gravidade que o do Médici, o do Figueredo foi positivo mas teve um ano de déficit, então vieram os anos gordos de Sarney e Itamar, tudo isso mostra uma escalada de sucesso, uma linha de continuidade, até que tudo entra em colapso trágico e imediato com a chegada de FHC.
FHC encerra a escala evolutiva de nossa balança comercial e maior prova do aborto que foi o seu desgoverno em relação aos anteriores fica difícil de encontrar.

Uma observação curiosa:

Sempre que se diz que o governo Lula resgatou 10, 20 ou 50 anos na história isto se refere a um dado positivo.
Por exemplo, como já foi demonstrado aqui neste blog, o nível de criminalidade hoje no Brasil se iguala ao de 1994, então temos um dado positivo, Lula resgata em 12 anos o nosso nível de segurança.
Outro exemplo, o salário mínimo publicado por Lula é o maior em 60 anos e o segundo maior da história.
A distribuição de renda é a maior em 25 anos e por aí vai...

Quando se observa e compara os índices de FHC, que vexame... FHC retorna a qualidade de nossa balança comercial aos desastrosos níveis da era Médici.

O ponto fundamental é que ao olharmos para a linha do tempo em nossas exportações não se vê uma evolução contínua no crescimento do superávit nas exportações, o que se constata é que o período de 1995 a 2002, sob o comando de Fernando Henrique trata-se de um abrupto rompimento no projeto de se transformar o Brasil numa potência exportadora.

Então ou FHC muito se enganou, ou FHC muito nos enganou.

Em meados da década de 80 a China tinha apresentava um comércio exterior muito mais tímido que o do Brasil, mas o Brasil de FHC não só perdeu o trem da história, simplesmente se jogou para fora de um trem em grande velocidade, este foi um país suicida.

Entre anjos e demônios, não quero mais que este coisa ruim nos assombre...

Crise Mundial - O Jornal do Commercio comenta:

Dias atrás publiquei aqui o silêncio de Míriam Leitão em sua coluna Panorama Econômico no jornal O Globo a respeito de como a economia brasileira suportou a crise mundial no governo Lula. Ela apenas apresentou um gráfico que dizia tudo, mas não, ela pessoalmente não foi capaz de dizer uma única palavra a respeito.

Pois é, a Míriam Leitão não quis falar e nem poderia, seria anti-ético da parte dela.Mas o Jornal do Comércio falou!A seguir, a matéria no Jornal do Commercio:

Brasil é diferenciado de outros países emergentes

NALU FERNANDES

CORRESPONDENTE DA AGÊNCIA ESTADO EM NOVA YORK

As recentes ocorrências no mercado de câmbio dos países emergentes indicam que pode não passar de um mito a percepção de que estas economias formam um único bloco, cujas partes seriam afetadas de uma mesma maneira em um período de turbulência. A ponderação foi feita pelo especialista Gray Newman, do Morgan Stanley, mas outros analistas em Wall Street também têm diferenciado o Brasil na avaliação sobre a posição dos países no atual momento de turbulências. Entre os fatores desta diferenciação, os especialistas citam alguns fundamentos, como os resultados das contas externas, positivos no Brasil e negativos em outros emergentes, como a Turquia.Uma pista que ajuda a confirmar a avaliação do analista do Morgan Stanley, de que os países emergentes não seguem todos a mesma trajetória em período de turbulência como o visto recentemente, pode ser encontrada nas recomendações de estrategistas de outras instituições também baseadas em Nova York. Há indicações de que investidores estrangeiros estão reduzindo posições compradas em lira turca, enquanto recomendam posição comprada em real.Os eventos da última semana mostraram sinais de uma crise clássica nos mercados emergentes, reconhece Newman, com moedas da Turquia, África do Sul e Hungria sofrendo pesadas perdas. O ápice foi o BC turco sendo forçado a elevar o juro pela segunda vez no mês, totalizando um aperto de 400 pontos-base apenas em junho, observa.Contudo, o grupo dos emergentes não teve um comportamento monolítico, segundo o qual todas as partes do grupo mostrariam perdas simultaneamente. Por exemplo, na última semana, em oposição ao que foi visto com a moeda turca, a moeda brasileira voltava a ganhar terreno e o BC do México mostrou que está pouco preocupado com os tremores registrados nos mercados emergentes, cita o analista.Para Newman, está "começando a ser visto um tipo de diferenciação entre os emergentes que é saudável". "Há diferença entre países que operam em superávit de conta corrente (como o Brasil) e países como a Turquia, onde o déficit alcançou 6,5% do PIB no ano passado, ou a África do Sul (com déficit de conta corrente em 6,4% no primeiro trimestre do ano)", estima.De fato, à diferenciação saudável que os investidores têm feito entre os países que integram os mercados emergentes, citada por Newman, encontra reflexo nas estratégias de outras instituições baseadas em Nova York, como Citigroup e Dresdner Kleinwort Wasserstein, que vêm sendo divulgadas desde a última semana, durante o agravamento das perdas da lira turca que culminaram na segunda elevação do juro local em menoS de um mês, para 17,25%. E, por meio das recomendações, fica explícito que as diferentes estratégias adotadas têm como base o panorama macro de cada um dos países.Para o Brasil, a recomendação em junho do Citigroup a seus clientes é posição neutra em dívida externa soberana e comprada em real. "As perspectivas de crescimento permanecem sólidas, apoiadas por expansão do crédito, demanda doméstica e estímulos fiscal e monetário", diz a equipe integrada pelo estrategista Steven Saywell.Com relação ao real, os especialistas do DKW afirmam que há sinais de que investidores realizaram "pequenas vendas" da moeda brasileira nas últimas semanas. Contudo, a instituição diz que "mantém a visão de que a posição técnica em real tem melhorado dramaticamente".

Fonte: página A-4 do Jornal do Comércio em 28 de junho de 2006

http://www.jornaldocommercio.com.br/



Comentários:
tudo falácia , mentira , manipulação de dados ...
 
Vejam que legal, nem a oposição acredita que esses dados são reais, Lula surpreende até eles!
Fiquem calmos que isso será mostrado na TV... hehehe
 
Fantástico!
Era o que as "marias" da oposição necessitavam para engolir a arrogância e o sofismo aburdo que têm.
Pedaaaala oposição!
 
Cheguei a uma conclusão fantástica....se Lula não for reeleito, quem perde a eleição é o POVO e o Brasil, Lula não tem mais nada a provar a ninguém....É muita pretensão achar que se a Oposição tivesse algo palpável contra ele não já teriam usado, o que prova que tudo até agora é mera invencionice eleitoreira....
 
Quem sabe o anônimo não toma coragem e envia uma carta informando tanto ao Jornal do Commercio como ao site www.portalbrasil.net que ambos são mentirosos, caluniadores e que manipulam dados.

Seria interessante.

No mínimo o nobre cavalheiro seria devidamente processado.

Saudações socialistas.
 
Ao segundo anônimo:

Disse-o bem.

Saudações.
 
Valeu Gabriel Tavares.

Muito obrigado!

Saudações.
 
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